Unidade Terapia Intensiva

Unidade Terapia Intensiva
UTI

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Eletrocardiograma da vida

A nossa vida em um monitor

Diferença entre cardioversão e desfibrilação elétrica

Diferenças Básicas Entre Cardioversão e Desfibrilação Elétrica



A desfibrilação e a cardioversão elétrica são procedimentos terapêuticos que salvam vidas e seu uso não se limita apenas a profissionais da área da saúde, podendo ser utilizados também por leigos treinados em situações selecionadas (desfibrilação externa automática DEA). Estudos demonstram que em 85% dos pacientes que apresentaram Taquicardia Ventricular (TV) e Fibrilação Ventricular (FV) e que foram tratados com desfibrilação precoce tiveram preservadas suas funções cerebrais e cardíacas.
A desfibrilação elétrica é um procedimento terapêutico que consiste na aplicação de uma corrente elétrica contínua NÃO SINCRONIZADA, no músculo cardíaco. Esse choque despolariza em conjunto todas as fibras musculares do miocárdio, tornando possível a reversão de arritmias graves como a TV e a FV, permitindo ao nó sinusal retomar a geração e o controle do ritmo cardíaco.
A cardioversão elétrica é um procedimento na maioria das vezes eletivo, em que se aplica o choque elétrico de maneira SINCRONIZADA, ou seja, o paciente deve estar monitorado no cardioversor e este deve estar com o botão de sincronismo ativado, pois a descarga elétrica é liberada na onda R, ou seja, no período refratário.
Um cuidado importante no momento da desfibrilação, é checar se o botão de sincronismo está DESATIVADO, pois como em situações de FV/TV não temos o registro de onda R e se o aparelho estiver programado para cardioverter, o choque não será administrado.

Indicações

A desfibrilação elétrica
é indicada apenas nas situações de FV e TV sem pulso,
A cardioversão elétrica é indicada nas situações de taquiarritmias como a fibrilação atrial (FA), flutter atrial, taquicardia paroxística supraventricular e taquicardias com complexo largo e com pulso.
Tipos de Desfibriladores
Desfibrilador externo automático (DEA)- utilizado por leigos no atendimento a PCR. O equipamento quando corretamente instalado no paciente, tem a capacidade de ler o traçado eletrocardiográfico e indicar ou não o choque
Desfibrilador monofásico
Desfibrilador bifásico
O módulo Cardioversão está embutido no aparelho de desfibrilador. A diferença é que para se ter a modalidade de cardioversão elétrica, deve-se acionar o botão de SINCRONISMO do aparelho e manter o paciente monitorado nele.

Cateterismo nasogastrico

Cateterismo vesical masculino

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Alguns procedimentos em uti



ALGUNS PROCEDIMENTOS UTILIZADOS EM UTI


RESTRIÇÃO
Material (restrição mecânica)
- atadura de crepe; algodão, gaze, compressas cirúrgicas; lençóis; tala; fita adesiva; braçadeiras de contenção.

Procedimento
- proceder a restrição no leito dos segmentos corporais na seguinte ordem: ombros, pulsos e tornozelos, quadril e joelhos;
- ombros: lencol em diagonal pelas costas, axilas e ombros, cruzando-as na região cervical;
- tornozelos e pulsos: proteger com algodão ortopédico, com a atadura de crepe fazer movimento circular, amarrar;
- quadril: colocar um lençol dobrado sobre o quadril e outro sob a região lombar, torcer as pontas, amarrar;
- joelhos: com 02 lençóis. Passar a ponta D sobre o joelho D e sob o E e a ponta do lado E sobre o joelho E e sob o D;

Observações
- não utilizar ataduras de crepe (faixas) menor do que 10 cm;
- evitar garroteamento dos membros;
- afrouxar a restrição em casos de edema, lesão e palidez;
- retirar a restrição uma vez ao dia (banho);
- proceder limpeza e massagem de conforto no local.

SONDA NASOGÁSTRICA
(do nariz ao estômago)

Sonda aberta: drenagem
Sonda fechada: alimentação

Material
- sonda gástrica LEVINE ( mulher 14 a 16, homem 16 a 18);
- seringa de 20ml; copo com água; gaze, benzina; toalha de rosto; xylocaína gel; fita adesiva; estetoscópio; biombo s/n; luvas de procedimento; sacos para lixo.

Procedimento
- Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada;
- Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;
- Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade da pele;
- Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do apêndice;
- Marcar com adesivo;
- Calçar luvas;
- Lubrificar a sonda com xylocaína;
- Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta, introduzir até a marca do adesivo;
- Observar sinais de cianose, dispnéia e tosse;
- Para verificar se a sonda está no local:
· Injetar 20ml de ar na sonda e auscultar com esteto, na base do apêndice xifóide, para ouvir ruídos hidroaéreos;
· Ver fluxo de suco gástrico aspirando com a seringa de 20ml;
· Colocar a ponta da sonda no copo com água, se tiver borbulhamento está na traquéia. Deve ser retirada.
· Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para evitar a entrada de ar;
· Fechá-la ou conectá-la ao coletor;
· Fixar a sonda não tracionando a narina.
CURATIVO
Curativo Infectado: limpeza de fora para dentro
Curativo Limpo: limpeza de dentro para fora.

Material:
- Bandeja ou carrinho contendo pacote de curativos:
- 1 pinça anatômica; 1 pinça dente de rato; 1 pinça Kocher ou Kelly; tesoura estéril s/n; pacotes de gases esterilizados; micropore ou esparadrapo; almotolia com éter ou benzina; almotolia com soluções anti-sépticas, SF 0.9% E PVPI; saco para lixo; atadura de crepe ou gaze s/n; pomadas, seringa, algodão e espátula s/n; luvas de procedimento.

Procedimentos
- fixar o saco para lxo em loca conveniente;
- abrir o pacote estéril com técnica e dispor as pinças;
- colocar gaze em quantidade suficiente, dentro do campo;
- remover ocurativo com a pinça dente de rato, Kelly ou luva de procedimento e uma gaze embebida em benzina ou SF (se houver aderência);
- limpar com SF e fazer anti-sepsia com PVPI ou curativo disponível;
- cobrir com gaze estéril.

Observações
- quando a ferida encontra-se com tecido de granulação (sensível) é contra-indicado a utilização de gaze para a limpeza, neste caso, recomenda-se irrigar a ferida com SF; se o pacote de curativo apresentar 4 pinças, despreza-se as duas utilizadas para remover o curativo, se apresentar 03 pinças, despreza-se a dente de rato na cuba rim ou retira-se o curativo com a luva de procedimento;

LAVAGEM INTESTINAL
Material:
- irrigador com extensão clampada contendo solução prescrita: água morna, glicerina, solução salina, SF + glicerina, fleet enema, minilax;
- sonda retal (mulher: 22 ou 24 e homem: 24 ou 26);
- pincha para fechar o intermediário; gazes; vaselina ou xylocaína; cuba rim; papel higiênico; luva de procedimento; suporte de soro; comadre; biombo s/n; impermeável; lençol móvel; solução glicerinada ou fleet enema; saco para lixo.

Procedimento:
- abrir o pacote do irrigador, conectar a sonda retal na sua borracha;
- colocar a solução (SF + glicerina) dentro do irrigador;
- retirar o ar da borracha;
- colocar a xylocaína numa gaze;
- colocar a cuba rim, gaze e irrigador completo numa bandeja e levar para o quarto;
- proteger a coma com impermeável e lençol móvel;
- dependurar o irrigador no suporte de soro à altura de 60cm do tórax do paciente;
- colocar a comadre sobre os pés da cama;
- colocar a paciente em posição de Sims;
- tirar ar da sonda sobre a cuba rim;
- clampar a extensão do irrigador;
- lubrificar a sonda reta 5 cm;
- calçar luvas;
- entreabrir as nádegas com papel higiênico;
- introduzir a sonda de 5 a 10 cm, usando uma gze, pedir ao paciente que inspire profundamente;
- firmar a sonda com uma mão e com a outra desclampar a extensão;
- deixar ecoar lentamente o líquido até restar pequena quantidade no irrigador;
- se a solução não estiver sendo infundida, fazer movimentos rotatórios;
- clampar a extensão, retirar a sonda com papel e desprezar na cuba rim;
- orientar o paciente a reter a solução, o quanto puder;
- oferecer comadre e papel higiênico à mão.

SONDA NASOENTERAL
(do nariz ao duodeno)

Somente estará aberta se estiver infundido.
Somente usada para alimentação.

Material:
- sonda enteral DOOBBHOFF, com fio guia (mandril);
- seringa de 20ml; copo com água; gaze, benzina; toalha de rosto; xylocaína gel; fita adesiva; estetoscópio; biombo s/n; luvas de procedimento; sacos para lixo.

Procedimento
- Elevar a cabeceira da cama (posição Fowler – 45º) com a cabeceira inclinada para frente ou decúbito dorsal horizontal com cabeça lateralizada;
- Proteger o tórax com a toalha e limpar as narinas com gaze;
- Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade da pele;
- Medir a sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e até a base do apêndice (acrescentar mais 10cm) ;
- Marcar com adesivo;
- Calçar luvas;
- Injetar água dentro da sonda (com mandril);
- Mergulhar a ponta da sonda em copo com água para lubrificar;
- Introduzir a sonda em uma das narinas pedindo ao paciente que degluta, introduzir até a marca do adesivo;
- Retirar o fio guia após a passagem correta;
- Aguardar a migração da sonda para duodeno, antes de administrar alimentação (até 24hs) confirmada pelo RX;
- Observar sinais de cianose, dispnéia e tosse;
- Para verificar se a sonda está no local:
· Injetar 20ml de ar na sonda e auscultar com esteto, na base do apêndice xifóide, para ouvir ruídos hidroaéreos;
· Colocar a ponta da sonda no copo com água, se tiver borbulhamento está na traquéia. Deve ser retirada.
· Toda vez que a sonda for aberta, para algum procedimento, dobrá-la para evitar a entrada de ar;
· Fechá-la ou conectá-la ao coletor;
· Fixar a sonda não tracionando a narina;
· Colocar o paciente em decúbito lateral direito para que a passagem da sonda até o duodeno seja facilitada pela peristalce gástrica.

CATÉTER NASOFARÍNGEO
Material
- catéter estéril de 8 a 12;
- frasco umidificador de bolhas estéril; extensão de borracha; fluxômetro calibrado para rede de oxigênio; esparadrapo; gaze com lubrificante; 50ml de água destilada esterilizada.

Procedimento
- instalar o fluxômetro na rede de Oxigênio e testá-lo;
- colocar a água destilada esterilizada no copo do umidificador, fechar e conectá-lo ao fluxômetro;
- conectar a extensão plástica ao umidificador;
- identificá-lo com etiqueta (data, horário e volume de água);
- medir o catéter do início do canal auditivo à ponta do nariz, marcar com adesivo;
- lubrificar o catéter e introduzí-lo em uma das narinas, até aproximadamente 2 cm antes da marca do adesivo;
- conectar o catéter à extensão;
- abrir e regular o fluxômetro (conforme prescrição);

Trocar o catéter diariamente, rodiziando as narinas.
Trocar o umidificador e a extensão a cada 48hs.

CÂNULA NASAL (óculos)
Material:
- cânula nasal dupla estéril; umidificador de bolhas estéril; extensão de borracha; fluxômetro calibrado por rede de oxigênio; 50 ml de AD esterilizada.

Procedimento:
- instalar o fluxômetro e testá-lo;
- colocar água no copo do umidificador, fechá-lo e conectá-lo ao fluxômetro;
- conectar a extensão ao umidificador;
- identificar o umidificador com etiqueta (data, horário e volume de água);
- instalar a cânula nasal do paciente e ajustá-la sem tracionar as narinas;
- conectar a cânula à extensão, abrir e regula o fluxômetro (conforme prescrição).

Trocar a cânula nasal diariamente.
Trocar o umidificador e extensão plástica a cada 48 horas.

NEBULIZAÇÃO
Material
- fluxômetro; máscara simples ou “Venturi” de formato adequado esterilizado;
- frasco nebulizador; extensão plástica corrugada (traquéia); 250 ml de água destilada esterilizada; etiqueta e folha de anotações de enfermagem.

Procedimento
- instalar o fluxômetro e testá-lo;
- colocar a água no copo do nebulizador, fechar e conectar ao fluxômetro;
- conectar a máscara ao tubo corrugado, e este ao nebulizador;
- colocar a máscara no rosto do paciente e ajustá-la, evitando compressões;
- regular o fluxo de Oxigênio, de acordo com a prescrição;
- identificar o nebulizador com adesivo (data, hora e volume).

Trocar a água do nebulizador 6/6hs, desprezando toda a água do copo e colocando nova etiqueta.
Trocar o conjunto a cada 48 horas.
INALAÇÃO
Material
- fluxômetro; micronebulizador, com máscara e extensão; 10ml de SF ou água destilada esterilizada; medicamento; etiqueta; gaze esterilizada; folha de anotações;

Procedimento
- instalar o fluxômetro na rede de Oxigênio ou ar comprimido e testá-lo;
- abrir a embalagem do micronebulizador e reservá-lo;
- colocar o SF ou AD no copinho, acrescentar o medicamento, fechar e conectar ao fluxômetro;
- conectar a máscara ao micronebulizador;
- regular o fluxo de gás (produzir névoa 5L/min);
- aproximar a máscara do rosto do paciente e ajustá-la, entre o nariz e a boca, solicitando que respire com os lábios entreabertos;
- manter o micronebulizador junto ao rosto do paciente, por 5 minutos, ou até terminar a solução (quando possível orientá-lo a fazê-lo sozinho);
- identificar com etiqueta (data, horário de instalação);
- fechar o fluxômetro e retirar o micronebulizador;
- secar com gaze, recolocá-lo na embalagem e mantê-lo na cabeceira do paciente.
Trocar o nebulizador a cada 48 horas.

ASPIRAÇÃO
Material
- sonda de aspiração de calibre adequado; intermediário de conector Y; luva estéril;
- aparelho de sucção; frasco com água (500ml) de SF 0.9% para limpeza do circuito após a utilização; gaze estéril; máscara de proteção; seringa de 10 ml s/n; agulhas 40x12 s/n; ampola de SF s/n; saco de lixo.

Procedimento:
- colocar água e sabão no frasco coletor;
- testar o aspirador;
- elevar a cabeça do paciente e lateralizá-la;
- abrir a extremidade da sonda e adaptar ao aspirador;
- manter o restante da sonda na embalagem;
- colocar a máscara e a luva (considerar uma das mãos estéril e a outra não);
- introduza a sonda com a válvula aberta, na fase inspiratória, abrindo o Y;
- aspire e retire a sonda com a mão estéril;
- desprezar em caso de obstrução e colocar as luvas (s/n fluidificar a secreção, instalando 2ml de SF);
- aspirar a boca e nariz com nova sonda;
- lavar todo o circuito com SF e desprezar a sonda;
- trocar todo circuito a 24hs.
Anotar
- data e hora;
- quantidade;
- característica da secreções;
- reações do paciente;
Aspirar durante 15 s e dar intervalos de 30 segundos.

SONDA VESICAL

Mulher: 14 a 16
Homem: 16 a 18



Material:
- pacote (cateterismo vesical) com:
- campo estéril; cuba redonda ou cúpula; 5 bolas de algodão ou gaze; pinça Pean; cuba rim; sonda vesical ou Nelaton; PVPI tópico; Luva estéril; Saco para lixo;
- Recipiente para coleta de urina (cálice graduado); Recipiente estéril para coleta de amostra de urina; Seringa 20 ml; Biombo s/n.
SONDA VESICAL DE DEMORA
Material
- gaze estéril; seringa de 20 ml ou 10 ml; agulha de 40x20; ampola de AD 10 ml / SF
- xylocaína gel lacrada; coletor de urina estéril (sistema fechado); micropore; comadre; sonda Foley; homem: uma seringa a mais (xylocaína / água).

Procedimento
- colocar o paciente em posição (mulher: ginecológica; homem: pernas estendidas);
- biombo e foco de luz s/n;
- lavar as mãos;
- abrir o coletor e fixá-lo na cama, colocar a ponta da conexão sobr o campo fixando-o com adesivo;
- abrir o pacote de sondagem (cateterismo vesical) sobre o leito, no sentido diagonal, colocando uma das pontas sob a região glútea (se paciente abitado, abrir em mesa auxiliar);
- colocar PVPI na cuba redonda, que contém as bolas de algodão;
- abrir a sonda e o resto do material sobre o campo (gaze, agulha, seringa);
- colocar xylocaína na gaze;
- abrir a ampola de água;
- calçar as luvas;
- testar o Cuff da sonda (fazer o balão inflar);
- aspirar 10 ml de água destilada sem tocar na ampola;
- lubrificar 5 cm da sonda;
- homem: preparar seringa com 10 ml de xylocaína;
- conectar a sonda ao coletor;
- fazer a anti-sepsia:
v mulher: duas bolas de algodão entre a vulva e os grandes lábios, duas bolas de algodão entre os pequenos lábios, uma bola de algodão no meato urinário;
v homem: afastar o prepúcio e expor a glande, fazer antissepsia em movimentos circular ou, do meato em direção a glande, elevar o pênis perpendicularmente ao corpo do paciente, injetar 10 ml de xylocaína no meato;

SONDA VESICAL DE ALÍVIO: Não possui CUFF
SONDA VESICAL DE DEMORA:
- FOLEY de duas vias (01 para insulflar e outra para drenar);
- FOLEY de três vias (igual a anterior + 01 para infundir solução;
- Fazer o controle da irrigação.
RETIRADA DE SONDA
Material:
- saco de lixo; luva de procedimento; seringa.

Procedimento:
- verificar a bolsa coletora (volume, cor, aspecto da urina);
- calçar luvas de procedimento;
- aspirar o soro fisiológico ou AD do CUFF (mesmo volume que foi colocado);
- retirar a sonda;
- desprezar no lixo.
IRRIGAÇÃO CONTÍNUA
Material
- sonda de 3 vias; SF para irrigação; Equipo de soro; Luvas de procedimento; Folha de impresso; Coletor; Suporte de soro;

Procedimento:
- preparar a solução;
- pendurá-lo no suporte;
- s/n sonde o paciente;
- conectar a sonda ao equipo da solução;
- substituir a solução sempre que necessário;
- controlar o gotejamento e observar a permeabilidade;
- calçar luvas;
- medir volume drenado;
- VOL. DRENADO – VOL. INFUNDIDO = VOL. TOTAL
- Observar características;
- Anotar balanço;
RETIRADA DE PONTOS
Material:
- 1 pinça Kocker, 1 pinça Kelly, 1 pinça dente de rato e 1 anatômica;
- gazes esterilizados;
- soro fisiológico;
- tesoura de iris ou lâmina de bisturi ou gilete esterilizada;
- fita adesiva;
- saco plástico.
Procedimento
- faz-se a limpeza da incisão cirúrgica, obedecendo a técnica do curativo;
- umideça os pontos com soro fisiológico, secar;
- com a pinça anatômica, segura-se a extremidade do fio e com a tesoura corta-se a parte inferior do nó;
- coloca-se uma gaze próxima à incisão, para depoisitar os pontos retirados;
- após o procedimento, fazer a limpeza local com técnica asséptica.

medicamentos,(id,im,sc,ev), e sinais vitais

TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA

Cinco certos
- paciente certo (nome e leito);
- medicamento certo (olhar na prescrição);
- dose certa;
- via certa;
- horário certo.
Vias mais comuns
- ID, SC (horas);
- IM (15 a 30 minutos);
- EV (imediato).
VERIFICAÇÃO DOS SSVV
Temperatura:
- hipotermia: T 36º C;
- normotermia: T entre 36º e 37,4ºC;
- febrícula: T entre 37.5º e 37.7ºC;
- estado febril: T entre 37.8º e 38ºC;
- febre: T entre 38º e 39ºC;
- pirexia: T enter 39º e 40ºC;
- Hiperpirexia: T acima de 40ºC;
Desinfetar o termômetro.
Respiração:
- Eupneico: 16 a 22 mr/min;
- Bradipneico: < 16mr/min;
- Taquipneico: > 22 mr/min;
Pulso:
- P: 60 a 100 bat/min.;
Pressão arterial:
- normotenso: 120x80 a 140x90 mmHg
- hipotenso: < 90x60mmHg
- hipertenso: > 140x90mmHg
Fórmulas
Velocidade de gotejamento
Nº de gotas: volume (ml)
Tempo (h) x 3

Nº microgotas: volume (ml)
Tempo (horas)
20 gotas: 01 ml. 03 microgotas: 1 gota.


Nível normal de glicose no sangue: 80 a 100
Administração de Insulina
x= dose prescrita x seringa (1ml)
Dose do frasco
Escalpe heparinizado (EV, IM, SC)

- aspirar 0.1ml de heparina
- completar com 9.9 ml de água destilada;
- em seringa de 10ml (5.000UI por ml)
Penicilina

Ao diluir a penicilina, injetar 8ml de diluente para aspirar 10ml de solução final, o frasco ampola já contém 2ml de pó.

Medicação parenteral (ID, SC, IM, EV)

- frasco ampola: para retirar a medicação, injeta-se líquido no frasco e tira-se o ar, depois injeta-se ar e tira-se líquido.
Injeção intradérmica
- solução introduzida na derme para testes de sensibilidade e vacinas;
- volume máximo de 0.5ml;
- seringa e agulha de insulina (13x3.8);
- locais de aplicação: pouca pigmentação, poucos pelos, pouca vascularização e fácil acesso.
- Aplicação: fazer a antissepsia no local com álcool, distender a pele no local, introduzir a agulha paralela à pele ou à 15º com bisel para cima, injetar levemente (tem que fazer pápula), deve doer, não pode massagear.
Injeção subcutânea
- solução introduzida na tela subcutânea (tecido adiposo);
- para solução que não necessitem de absorção rápida mas sim contínua, segura, para que passe horas absorvendo:
v até 1.5ml de solução não irritante;
v tamanho da agulha: 10x6/7 (90º), 20x6 (30º), 20x7 (60º);
v não pode fazer pápula nem doer muito.
- locais de aplicação: toda tela subcutânea, preferencialmente parede abdominal, face anterior da coxa e do braço, dorso superior, menos indicado é o anterior do antebraço porque tem grande chance de pegar um vaso;
- aplicação: pinçar o local da aplicação com o polegar e o indicador, introduzir a agulha a 90º com a agulha curta, 30º em magros, 45º em normais e 60º em obesos; soltar a pele, aspirar e injetar lentamente, não massagear, não doer.
Injeção Intramuscular
- introdução da medicação dentro do corpo muscular;
- para introdução e substância irritante com doses até 5 ml, efeito relativamente rápido, pode ser veículo aquoso ou oleoso;
- a seringa é de acordo com o volume a ser injetado;
- a agulha varia de acordo com a idade, tela subcutânea e solubilidade da droga;
- agulhas: 25x7/8, 30x7/8;
- locais de aplicação: distantes vasos e nervos, musculatura desenvolvida, irritabilidade da droga (profunda), espessura do tecido adiposo, preferência do paciente.
Região Deltóide:
- Traçar um retângulo na região lateral do braço iniciando de 3 a 5 cm do acrômio (3 dedos), o braço deve estar flexionado em posição anatômica;
- Não pode ser com substâncias irritantes acima de 2 ml.
Região dorsoglútea:
- Traçar linha partindo da espinha ilíaca póstero-superior até o grande trocânter do fêmur, puncionar acima desta linha (quadrante superior externo);
- Em dorso lateral (DL): posição de Sims;
- Em pé: fazer a contração dos músculos glúteos fazendo a rotação dos pés para dentro e braços ao longo do corpo.
Região ventroglútea (Hochsteter)
- Colocar a mão E no quadril D, apoiando com o dedo indicador na espinha ilíaca ântero-superior D, abrir o dedo médio ao longo da crista ilíaca espalmando a mão sobre a base do grande trocânter do fêmur e formar com o dedo indicador um triângulo. Se a aplicação for feita do lado esquerdo do paciente, colocar o dedo médio na espinha ilíaca ântero-superior e afastar o indicador para formar o triângulo. A aplicação pode ser feita em ambos locais.
Região face ântero-lateral da coxa:
- Retângulo delimitado pela linha média anterior e linha média lateral da coxa, de 12 a 15 cm abaixo do grande trocânter do fêmur e de 9 a 12 cm acima do joelho, numa faixa de 7 a 10 cm de largura;
- Agulha curta: criança 15/20, adulto 25;
- Angulação oblíqua de 45º em direção podálica;
- Aplicação: pinçar o músculo com o polegar e o indicador, introduzir a agulha einjetar lentamente a medicação, retirar a aguhla rapidamente colocando um algodão, massagear por uns instantes.

Injeção endovenosa:
- Punção venosa é a introdução de uma agulha diretamente na veia em geral, ns veias superficiais dos membros superiores para colher sangue ou injetar soluções;
- Para ações imediatas, medicamentos irritantes no tecido muscular, volume da medicação;
- Locais de aplicação: mão, braço, perna, pé.
- Aplicação: escolher o membro, garrotear e usar manobras (compressas, membro para baixo, abrir e fechar as mãos), começar a puncionar distal para proximal;
- Colocar a luva de procedimento, fazer antissepsia, puncionar a veia com agulha inicialmente a 45º e dpeois paralelo a pele, o bisel deve ficar para cima, soltar o garrote, administrar o medicamento lentamente, retirar a agulha, promover hemostasia. NÃO REENCAPAR A AGULHA.

Venóclise
Método utilizado para infundir grande volume de líquido dentro da veia. Para administrar medicamentos, manter e repor reservas orgânicas de água, eletrólitos e nutrientes, restaurar equilíbrio ácido-básico, restabelecer o volume sanguíneo.
Local de aplicação: de fácil acesso, evitando articulações.
Material:
- soro;
- equipo;
- algodão com álcool;
- garrote;
- escalpe;
- adesivo;
- luvas de procedimento.
Procedimento
- Preparar o soro;
- Fechar o clamp do equipo, instalar o equipo, abrir e encher o equipo e fechar o clamp;
- Preparar rótulo do soro com os 5 cetos e assinar.
- Fazer tricotomia s/n;
- Garrotear o membro e fazer antissepsia;
- Colocar as luvas;
- Retrair a veia 4cm antes do local da punção;
- Retirar o garrote;
- Instalar o equipo, abrir o clampo;
- Fixar o escalpe;
- Fazer teste de refluxo e controlar o gotejamento.

terminologia de cada sistema do organismo


Terminologia própria de cada sistema do organismo

Sistema Respiratório

¨ Aerofagia: deglutição anormal de ar, provocando eructação freqüente
¨ Anoxia: redução do suprimento de oxigênio nos tecidos
¨ Apnéia: parada dos movimentos respiratórios
¨ Asfixia: sufocação, dificuldade da passagem do ar
¨ Binasal: referente a ambos os campos visuais nasais
¨ Cianose: coloração azulada por falta de oxigênio
¨ Dispnéia: dificuldade respiratória
¨ Estertorosa: respiração ruidosa
¨ Expectoração: expelir secreção pulmonar (escarro)
¨ Hemoptise: hemorragia de origem pulmonar, escarro com sangue
¨ Hemotórax: coleção de sangue na cavidade pleural
¨ Hiperpnéia: respiração anormal, acelerada, com movimentos respiratórios exagerados
¨ Ortopnéia: acentuada falta de ar em decúbito dorsal
¨ Taquipnéia: movimentos respiratórios acelerados
Sistema Digestivo

¨ Anorexia: perda do apetite;
¨ Afagia: impossibilidade de deglutir;
¨ Azia: sensação de ardor estomacal, eructação azeda e ácida.
¨ Bilioso: referente a bile; peculiar a transtornos causados por excesso de bile;
¨ Bulimia: fome exagerada;
¨ Cólica: dor espasmódica:
¨ Colostomia: abertura artificial para saída de fezes a nível do colo.
¨ Constipação: demora anormal na passagem das fezes;
¨ Coprólito: massa endurecida de matéria fecal nos intestinos;
¨ Desidratação: perda exagerada de líquido no organismo;
¨ Diarréia: evacuações freqüentes e líquidas;
¨ Disfagia: dificuldade de deglutir;
¨ Distensão: estiramento de alguma fibra muscular, entumecimento ou expansão;
¨ Êmese: ato de vomitar;
¨ Enema: clister, lavagem, introdução de líquidos no reto;
¨ Enteralgia: dor intestinal;
¨ Eventração: saída total ou parcial de vísceras na parede abdominal, mas a pele continua íntegra;
¨ Evisceração: saída das vísceras de sua situação normal;
¨ Flatulência: distensão do intestino pelo acúmulo de fezes e gazes;
¨ Gastralgia: dor de estômago;
¨ Halitose: mau hálito;
¨ Hematêmese: vômitos com sangue;
¨ Hiperêmese: vômitos excessivos ou incoercíveis;
¨ Inapetência: falta de apetite, anorexia;
¨ Melena: fezes escuras e brilhantes, com presença de sangue;
¨ Náuseas: desconforto gástrico com impulsão para vomitar;
¨ Pirose: sensação de ardência do estômago à garganta;
¨ Pleniturde gástrica: sensação de ardência do estômago à garganta.
¨ Polidipsia: sede excessiva;
¨ Regurgitação: volta de comida do estômago à boca;
¨ Sialorréia: salivação excessiva;
¨ Sialosquiese: salivação deficiente (boca seca);
Sistema Nervoso

¨ Apalestesia: perda do sentido das vibrações
¨ Astasia: incapacidade de permanecer em pé por incoordenação motora
¨ Coma: estado de inconsciência
¨ Convulsão: contrações violentas e involuntárias do músculo, agitação desordenada
¨ Diplegia: paralisia bilateral
¨ Ecopraxia: repetição dos movimentos ou maneirismo de outra pessoa
¨ Estutor: inconsciência total ou parcial
¨ Estupor: inconsciência total ou parcial, mutismo sem perda da percepção sensorial
¨ Hemiplegia: paralisia dos MMII
¨ Hemicrância: enxaqueca, dor (em metade do crânio)
¨ Hemiparesia: fraqueza muscular em um lado do corpo
¨ Hiperalgesia: sensibilidade exagerada à dor
¨ Hipersônia: sonolência excessiva
¨ Hipoestesia: diminuição da sensibilidade
¨ Hipotonia: tonicidade muscular diminuída
¨ Parestesia: alteração da sensibilidade, desordem nervosa, com sensações anormais
¨ Paresia: paralisia incompleta
¨ Paralisia: diminuição ou desaparecimento da sensibilidade e movimentos
¨ Reflexo: contração muscular, resposta involuntária a um estímulo
¨ Tetraplegia: paralisação dos quatro membros
Sistema Tegumentar
¨ Acromia: falta de melanina, falta de pigmentação, albinismo;
¨ Apelo: 1) sem pele, não cicatrizado, aplicado a feridas. 2) desprovido de prepúcio, circuncidado;
¨ Cloasma: manchas escuras na pele, principalmente na face da gestante;
¨ Dermatite: inflamação da pele;
¨ Dermatose: doença de pele;
¨ Equimose: extravasamento de sangue por baixo dos tecidos, manchas escuras ou avermelhadas;
¨ Eritema: vermelhidão na pele;
¨ Erupção na pele: vermelhamento de sangue por baixo dos tecidos, manchas escuras ou avermelhadas;
¨ Erupção: lesões visíveis na pele;
¨ Escabiose: moléstia cutânea contagiosa, caracterizada por lesão multiformes, acompanhadas por prurido intenso.
¨ Esclerodermia: afecção cutânea com endurecimento da pele;
¨ Esclerose: endurecimento da pele, devido a uma proliferação exagerada de tecido conjuntivo. Alteração de tecido ou órgão caracterizado pela formação de tecido fibroso;
¨ Escoriações: perda superficial de tecidos;
¨ Estrófulo: dermatose benigna comum no recém-nascido;
¨ Exantema: deflorência cutânea, qualquer erupção cutânea;
¨ Fissura: ulceração de mucosa;
¨ Flictema: levantamento da epiderme, formando pequenas bolhas;
¨ Mácula: mancha rósea da pele sem elevação;
¨ Petéquias: pequenas hemorragias puntiformes;
¨ Pústula: vesícula cheia de pus.
¨ Úlcera: necrose parcial do tecido com perda de substâncias;
¨ Urticária: erupção eritematosa da pele com prurido;
¨ Vesículas: bolhas;
Sistema Locomotor

¨ Ancilose: imobilidade de uma articulação;
¨ Acinesia: lentidão dos movimentos ou paralisia parcial;
¨ Agrafia: não consegue escrever;
¨ Ambidestro: habilidade de usar as duas mãos.
¨ Ataxia: Não coordena os músculos e a locomoção;
Sistema Urinário

¨ Anúria: Ausência de eliminação urinária
¨ Colúria: Presença de bilirrubina ou bílis na urina
¨ Diurese: volume de urina coletado
¨ Enurese: incontinência urinária
¨ Hematúria: presença de sangue na urina
¨ Micção: ato de urinar
¨ Mictúria: micção freqüente à noite
¨ Oligúria: deficiência de eliminação urinária, escassêz
¨ Piúria: presença de pus na urina
¨ Polagiúria: eliminação freqüente da urina
¨ Poliúria: excessiva eliminação urinária
¨ Retenção urinária: incapacidade de eliminar a urina
¨ Xantorréia: corrimento vaginal
Órgãos dos Sentidos
Boca
¨ Afasia: impossibilidade de falar ou entender a palavra falada
¨ Afagia: impossibilidade de deglurir
¨ Afonia: perda mais ou menos acentuada da voz
¨ Anodontia: ausência congênita ou adquirida dos dentes
¨ Aposia: Ausência de sede. Adipsia
¨ Aptialismo: deficiência ou ausência de saliva
¨ Sialorréia: salivação excessiva
Olhos
¨ Anisocoria: desigualdade de diâmetro das pupilas
¨ Ablepsia: cegueira
¨ Ambliopia: diminuição da acuidade visual
¨ Aniridia: ausência ou falha da íris
¨ Blefarite: inflamação das pálpebras
¨ Diplepia: visão dupla
¨ Midríase: dilatação da pupila
¨ Miose: contração da pupila
¨ Ptose palpebral: queda das pálpebras

Tributo ao Intensivista