Unidade Terapia Intensiva

Unidade Terapia Intensiva
UTI

sábado, 14 de agosto de 2010

Gasometria Arterial

Gasometria Arterial
A gasometria arterial é um exame invasivo que mede as concentrações de oxigênio, a ventilação e o
estado ácido-básico. Tipicamente, os valores gasométricos são obtidos quando o quadro clínico do paciente
sugere uma anormalidade na oxigenação, na ventilação e no estado ácido-básico. Os níveis dos gases arteriais
também são obtidos para avaliar alterações na terapia que podem afetar a oxigenação, tal como a mudança na
concentração de oxigênio inspirado (FiO2), níveis aplicados de pressão expiratória final positiva (PEEP),
pressão das vias aéreas, ventilação (mudança de freqüência da respiração, alterações do volume corrente) ou
equilíbrio ácido-básico (administração de bicarbonato de sódio ou terapia com acetazolamida).
Normalmente, essa amostra é coletada na artéria radial, perto do punho, mas também poderá ser
coletada pela artéria braquial ou femoral. Através da amostra de sangue arterial, o laboratório pode determinar
as concentrações de oxigênio e de dióxido de carbono, assim como a acidez do sangue, que não pode ser
mensurada em uma amostra de sangue venoso.
Valores Normais de uma Gasometria Arterial são:
pH 7,35 a 7,45
PO2 80 a 100 mmHg
PCO2 35 a 45 mmHg
BE -2 a +2
HCO3 22 a 28 mEq/L
SatO2 >95%
• pH => Avaliar o pH para determinar se está presente uma acidose ou uma alcalose.
Um pH normal não indica necessariamente a ausência de um distúrbio ácido-básico, dependendo do
grau de compensação.
O desequilíbrio ácido-básico é atribuído a distúrbios ou do sistema respiratório (PaCO2) ou
metabólico.
• PaO2 => A PaO2 exprime a eficácia das trocas de oxigênio entre os alvéolos e os capilares
pulmonares, e depende diretamente da pressão parcial de oxigênio no alvéolo, da capacidade de
difusão pulmonar desse gás, da existência de Shunt anatômicos e da reação ventilação / perfusão
pulmonar. Alterações desses fatores constituem causas de variações de PaO2.
• PaCO2 => A pressão parcial de CO2 do sangue arterial exprime a eficácia da ventilação alveolar,
sendo praticamente a mesma do CO2 alveolar, dada a grande difusibilidade deste gás.
Seus valores normais oscilam entre 35 a 45 mmHg.
Se a PaCO2 estiver menor que 35 mmHg, o paciente está hiperventilando, e se o pH estiver maior
que 7,45, ele está em Alcalose Respiratória.
Se a PCO2 estiver maior que 45 mmHg, o paciente está hipoventilando, e se o pH estiver menor que
7,35, ele está em Acidose Respiratória.
• HCO3- => As alterações na concentração de bicarbonato no plasma podem desencadear
desequilíbrios ácido-básicos por distúrbios metabólicos.
Se o HCO3- estiver maior que 28 mEq/L com desvio do pH > 7,45, o paciente está em Alcalose
Metabólica.
Se o HCO3- estiver menor que 22 mEq/L com desvio do pH < 7,35, o paciente está em Acidose
Metabólica.
Acidose Respiratória (Aumento da PCO2)
Qualquer fator que reduza a ventilação pulmonar, aumenta a concentração de CO2 (aumenta H+ e
diminui pH) resultando em acidose respiratória.
Hipoventilação Hipercapnia (PCO2 > 45mmHg) Acidose respiratória
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Causas de Acidose Respiratória:
• Lesão no Centro Respiratório (AVE, TCE, tumor);
• Depressão no Centro Respiratório (intoxicações, anestésicos, sedativos, lesões, narcóticos);
• Obstrução de Vias Aéreas (Asma, DPOC, secreção, corpo estranho);
• Infecções agudas (Pneumonias);
• Edema Pulmonar;
• SDRA, Atelectasias, Pneumotórax, Fibrose Pulmonar;
• Trauma torácico, deformidades torácicas severas;
• P.O cirurgia abdominal alta, toracotomias;
• Distensão abdominal severa;
• Doenças Neuromusculares (Poliomelite, Polirradiculoneurites);
• Tromboembolia Pulmonar;
• Fadiga e falência da musculatura respiratória.
Segue abaixo, um exemplo de uma acidose respiratória:
pH = 7.30
PaO2 = 140
PaCO2 = 50
HCO3 = 24
BE = -6
SatO2 = 99%
Alcalose Respiratória (diminuição da PCO2)
Quando a ventilação alveolar está aumentada a PCO2 alveolar diminui, conseqüentemente, haverá
diminuição da PCO2 arterial menor que 35mmHg, caracterizando uma alcalose respiratória (diminuição de
H+, aumento do pH).
Hipoventilação Hipocapnia (PCO2 < 35mmHg) Alcalose respiratória
Causas de Alcalose Respiratória:
• Hiperventilação por ansiedade, dor, hipertermia, hipóxia, grandes altitudes;
• Hiperventilação por VM;
• Lesões do SNC, tumores, encefalites, hipertensão intracraniana;
• Salicilatos e sulfonamidas;
• Alcalose pós acidose.
Manifestações Clínicas:
A principal característica clinica é a hiperventilação. Em casos graves, pode ser observado tetania
com sinais de Chvostek e de Trousseau, parestesia circumoral, acroparestesia, câimbra nos pés e mãos
resultante de baixas concentrações de Cálcio ionizado no soro.
Segue abaixo, um exemplo de uma alcalose respiratória:
pH = 7.58
PaO2 = 50
PaCO2 = 23
HCO3 = 22
BE = +5
SatO2 = 87%
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Acidose e Alcalose Metabólica
São anormalidades na concentração de HCO3- (Bic) que podem alterar o pH do sangue.
- HCO3- = 22-28 mEq/L
- BE = +2 à –2 mEq/L
Acidose Metabólica (diminuição de HCO3-)
Causas de Acidose Metabólica:
• Insuficiência Renal;
• Cetoacidose diabética;
• Ingestão excessiva de ácidos;
• Perdas excessivas de bases (diarréias);
• Elevação de ácido láctico na glicogenólise muscular (aumento do trabalho respiratório);
• Hipóxia (insuficiência respiratória, choque circulatório);
• Hipertermia, doenças infecciosas, anorexia.
Manifestações Clínicas:
Na acidose metabólica leve, as manifestações clínicas são aquelas decorrentes da própria intoxicação.
Nos casos de acidose mais grave (pH < 7.2, bicarbonato < 13 mEq/L), independente da causa de
base, podem ser produzidos efeitos diretos cardiovasculares, respiratórios, gastrointestinais e em SNC. A
contratilidade do miocárdio é afetada e pode progredir para choque circulatório. A respiração se torna
anormal, mais profunda e então mais freqüente. A depressão de SNC evolui para o coma. Dor abdominal e
náusea podem estar presentes. Hipercalemia é uma complicação da acidose, que resulta em potencial risco de
vida.
Segue abaixo, um exemplo de uma acidose metabólica:
pH = 7.32
PaO2 = 89
PaCO2 = 38
HCO3 = 15
BE = -7
SatO2 = 97%
Alcalose Metabólica (aumento de HCO3-)
Causas de Alcalose Metabólica:
• Oferta excessiva de bicarbonato;
• Perda de suco gástrico por vômitos ou aspirações de sondas gástricas;
• Uso abusivo de diuréticos e corticosteróides;
• Insuficiência respiratória crônica (retentores crônicos de CO2).
Manifestações Clínicas:
A manifestação clínica na alcalose metabólica pode vir acompanhada de história recente de perda
excessiva do conteúdo gástrico, administração de altas doses de diurético de alça ou sobrecarga de álcali em
pacientes com falência renal, irritabilidade, hiperexcitabilidade, confusão mental, as vezes semelhante a
intoxicação alcoólica, bradipnéia, cianose às vezes extrema, fraqueza muscular, redução do peristaltismo
gastrointestinal e poliúria, sugerem depleção associada de K+ . Tetania pode ocorrer devido à diminuição de
cálcio ionizado no soro.
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Segue abaixo, um exemplo de uma alcalose metabólica:
pH = 7.50
PaO2 = 93
PaCO2 = 43
HCO3 = 31
BE = +3
SatO2 = 96%
Mecanismos Compensatórios na Acidose e Alcalose
Na acidose respiratória, a persistente elevação da pressão parcial de CO2, repercute a nível renal e
após um período de 12 a 48 horas já se consegue detectar diminuição da eliminação renal de HCO3- com
maior eliminação de H+ na urina. O aumento da reabsorção renal de HCO3- constitui o principal mecanismo
de compensação renal à acidose hipercápnica. O HCO3- elevando-se no sangue, tenderá a normalizar o pH. A
acidose respiratória compensada apresentará pH normal ou próximo do normal, PCO2 elevada e HCO3-.
Numa insuficiência pulmonar, devido a hipoxia ou ao aumento de trabalho muscular respiratório, a
produção de ácido láctico pode estar aumentada, e este é tamponado no plasma pelo bicarbonato, com
conseqüente diminuição dos seus níveis, diminuindo ainda mais o pH e levando a uma Acidose Mista.
Na hipocapnia de longa duração, a eliminação renal de bicarbonato está aumentada, levando a
correção do pH do sangue. A alcalose respiratória compensada apresentará um pH normal ou próximo do
normal com níveis de bicarbonato baixos.
A associação de alcalose respiratória e alcalose metabólica, Alcalose Mista, é freqüente em
pacientes com insuficiência respiratória quando hiperventilados mecanicamente, e ocorrem perdas de suco
gástrico ou uso de diuréticos.
Na acidose metabólica, a compensação ocorrerá pela hiperventilação alveolar secundária ao aumento
de H+ no plasma e no líquor, levando a uma diminuição da PCO2. Essa hiperventilação tenderá a corrigir o
pH do sangue.
Na alcalose metabólica, o mecanismo de compensação não é tão eficiente. Embora o aumento de
HCO3- no líquor deprima a respiração, sua passagem pela barreira liquórica é muito lenta. Daí o fato de que a
depressão respiratória não ser observada com freqüência na clínica.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Prefixos, Sufixos e Terminologia de enfermagem em clinica Cirúrgica


Prefixos, Sufixos e Terminologia de enfermagem em clinica Cirúrgica


PREFIXOS

- adeno - relativo a glândula
- cole - relativo à vesícula
- colo - relativo ao colo
- cisto - relativo a bexiga
- colpo - relativo à vagina
- êntero - relativo ao intestino
- gastro - relativo ao estômago
- hístero - relativo ao útero
- nefro - relativo ao rim
- oftalmo - relativo aos olhos
- orqui- relativo aos testículos
- ósteo - relativo ao osso
- oto - relativo ao ouvido
- procto - relativo ao reto
- rino - relativo ao nariz
- salpinge - relativo às trompas
- tráqueo - relativo à traquéia

SUFIXOS

- ectomia - remoção de um órgão ou parte dele
- exerese - Separação agressiva das partes de um órgão em função de lesões traumáticas
- ostomia - abertura cirúrgica de uma nova boca
- otomia - corte
- pexia - fixação de um órgão
- plastia - alteração da forma de um órgão
- rafia - sutura
- scopia - olhar no interior
- centese - punção

OPERAÇÕES DE REMOÇÃO (ECTOMIA)

- Apendicectomia - remoção do apêndice
- Colecistectomia - remoção da vesícula biliar
- Esplenectomia - remoção do baço
- Gastrectomia - remoção parcial ou total do estômago
- Hemorroidectomia - remoção de hemorróidas
- Histerectomia- extirpação do útero
- Lobectomia - remoção de um lobo de um órgão
- Miomectomia - remoção de mioma
- Nefrectomia - remoção do rim
- Pneumectomia - remoção do pulmão
- Prostatectomia remoção da próstata
- Retossigmoidectomia - remoção do retossigmóide
- Safenectomia - retiradas de veias safenas
- Tireoidectomia - remoção da tireóide
- Simpatectomia remoção do nervo simpático principal
- Vasectomia - corte ou bloqueio que levam a esterilização no homem;

OPERAÇÕES DE ABERTURA (TOMIA)

- Coledocostomia - abertura e exploração do colédoco

CONSTRUÇÃO CIRÚRGICA DE NOVAS BOCAS (STOMIA)

- Cistostomia - abertura da bexiga para drenagem de urina
- Colostomia - abertura do colo através da parede abdominal
- Ileostomia - abertura artificial no íleo
- Jejunostomia - colocação de sonda no JeJuno para alimentação
- Nefrostomia - colocação de sonda no rim para drenagem de urina
- Gastrostomia abertura de fistula no estomago para esvaziar/introduzir alimentos

OPERAÇÕES DE FIXAÇÃO ou REPOSICIONAMENTO (PEXIA)

- Histeropexia - suspensão e fixação do útero
- Orquidopexia - abaixamento e fixação do testículo em sua bolsa
- Sigmoidopexia - fixação do cólon sigmóide à parede abdominal
- Nefropexia - fixação do rim em seu lugar anatômico

OPERAÇÕES PARA ALTERAÇÃO DA FORMA E/OU FUNÇÃO (PLASTIA)

- Rinoplastia - plástica do nariz
- Salpingoplastia - plástica da trompa para sua recanalização
- Mamografia radiografia especial, feita para avaliação das mamas
- Toracoplastia - plástica da parede torácica
- Mamoplastia plástica da mama
- Quiloplastia plástica nos lábios
- Dermolipectomia - plástica que retira o excesso de pele e de gordura
- Palatoplastia - plástica que reconstitui o palato
.
OPERAÇÕES DE SUTURA (RAFIA)

- Colporrafia - sutura da vagina
- Gastrorrafia - sutura do estômago
- Herniorrafia - sutura da hérnia
- Palatorrafia sutura do palato
- Perineorrafia - sutura do perineo
- Tenorrafia - sutura de tendão

OPERAÇÕES PARA OBSERVAÇÃO e EXPLORAÇÃO (SCOPIA)

- Broncoscopia - exame com visualização direta dos brônquios
- Cistoscopia - exame com visualização direta da bexiga
- Colposcopia - exame com visualização direta da vagina
- Esofagoscopia - exame com visualização direta do esôfago
- Gastroscopia - exame com visualização direta do estomago
- Sigmoidoscopia - exame com visualização direta do sigmóide
- Retossigmoidoscopia - exame com visualização direta do retossigmóide

quarta-feira, 14 de julho de 2010

HEMODINÂMICA


DICIONÁRIO DE TERMOS DA HEMODINÂMICA


Aneurisma: dilatação e protusão localizada da parede de um vaso (principalmente artéria) ou do coração, decorrente de uma fragilidade estrutural local.
Angina: também chamada de angina do peito ou angina pectoris. Caracteriza-se por dor intensa no peito, geralmente do tipo constrictiva, com frequência irradiada para a parte interna do braço esquerdo, provocado, quase sempre, por uma diminuição no fluxo de sangue que irriga o coração.
Aorta: grande artéria que nasce do ventrículo esquerdo do coração e que transporta sangue arterial para suprir todo corpo humano. Aorta abdominal: porção abdominal da aorta. Aorta torácica: segmento torácico da aorta, que é dividido em porção ascendente, transversa e descendente torácica.
Aortoplastia: consiste na dilatação de estreitamento na aorta, por Ex:. coarctação congênita da aorta.
Angiocardiografia: visualização da luz dos vasos e das cavidades cardíacas utilizando-se uma substância contrastante. Desta forma podemos analisar a presença ou não de defeitos cardíacos congênitos, lesões em válvulas cardíacas e a função contrátil do músculo cardíaco.
Angiografia: visualização da luz do vaso ao injetar contraste radiológico.

Aortografia Abdominal
    Aorta Abdominal Terminal Artéria Ilíaca Comum (Direita e Esquerda) Ilíaca Externa Ilíaca Interna
Angioplastia: técnica não cirúrgica para tratamento de doenças arteriais. Consiste em insuflar temporariamente um cateter-balão no interior do vaso para corrigir um estreitamento.
Angioplastia Coronária Percutânea: é uma técnica não cirúrgica para desobstrução de artérias coronárias em casos selecionados. Trata-se de um cateter com um balão insuflável em sua extremidade que é colocado ao nível da lesão, dentro da artéria coronária. Em seguida o balão é distendido de forma controlada comprimindo a placa aterosclerótica contra a parede do vaso, aumentando a luz do mesmo, permitindo a adequada passagem do sangue para o leito distal arterial. 
Arritmia Cardíaca: ou disritmia cardíaca. Anormalidade no batimento cardíaco. Diversos são os tipos de arritmia cardíaca.
Artérias: são os vasos que transportam o sangue do coração para todo o corpo humano.
Artérias Coronárias: são os vasos que irrigam o coração com sangue rico em oxigênio e nutrientes.
Arteriografia: opacificação com contraste de uma artéria qualquer do corpo humano.
Arteriografia seletiva: opacificação seletiva de uma artéria, por exemplo: arteriografia renal seletiva. 
Arteríolas: pequenos ramos arteriais que regulam a resistência ao fluxo sanguíneo. Estruturalmente suas paredes são ricas em fibras musculares e também são conhecidos como vasos de resistência, pois quando se contraem aumentam a pressão arterial do sangue.
Ateroma: depósito de gordura, calcificada ou não, que causa estreitamento do vaso sanguíneo. Também conhecida por Placa de Ateroma ou Placa Aterosclerótica. 
Atriosseptostomia: técnica em que se utiliza um pequeno cateter balão para promover a abertura (ruptura) do septo interatrial, tracionando-se o cateter desde o átrio esquerdo até o direito. Utilizado em recém-natos com cardiopatia congênita muito grave, em que se faz necessário uma melhor mistura do sangue arterial e venoso, para manutenção da vida enquanto aguarda o melhor momento de uma cirurgia cardíaca reparadora.
Capilares: vasos sanguíneos microscópicos que se situam entre arteríolas e vênulas, isto é entre artérias e veias, que distribuem o sangue oxigenado para os tecidos do corpo.
Cardiologia: é o estudo do coração e sua função tanto na saúde como na doença.
Cardiovascular: relativo ao coração e aos vasos sanguíneos. O Coração e todos os Vasos Sanguíneos do Corpo constituem o Sistema Cardiovascular. O Sistema Circulatório está constituído pelo Coração, Vasos Sanguíneos e Circulação do Sangue.
Cardioversão: uma técnica em que se aplica um choque elétrico no torax para reverter uma anormalidade do batimento cardíaco, utilizando-se um aparelho chamado cardioversor.
Cateterismo Cardíaco: método em que se punciona ou disseca uma veia ou artéria periférica e se introduz um tubo fino e flexível, chamado cateter até os grandes vasos e o coração, com a finalidade de se analisar dados FISIOLÓGICOS (pressões cavitárias, obter amostras de sangue para dosagem do oxigênio), FUNCIONAIS (débito cardíaco, volumes ventriculares) e ANATÔMICOS (trajeto de cateter e injeção de contraste). Apesar da história e do exame físico do paciente, eletrocardiograma, Rx, prova de esforço, medicina nuclear e ecocardiograma, etc., fornecerem consideráveis dados sobre a função cardíaca, o cateterismo cardíaco utilizando as várias técnicas acima descritas é usado para se obter a maior quantidade de informações possíveis com o objetivo de se conseguir um diagnóstico exato e, assim, decidir qual o tratamento mais adequado.
Cateterismo Cardíaco Diagnóstico: quando o procedimento visa apenas o diagnóstico e a quantificação de lesões quando presente.
Cateterismo Cardíaco Direito: quando se utiliza uma veia do braço ou da perna, progredindo-se o cateter até a veia cava superior ou inferior, átrio direito, ventriculo direito, tronco e ramos da artéria pulmonar e leito distal da circulação pulmonar para registro de pressão "capilar".
Cateterismo Cardíaco Esquerdo: também chamado de cateterismo cardíaco retrógrado, em que se utiliza uma artéria periférica e se progride o cateter sob visão direta fluoroscópica até a raiz da aorta e cavidade ventricular esquerda.
Cateterismo Cardíaco Terapêutico: quando o procedimento visa o tratamento de um defeito cardíaco. 
Cianose: tonalidade azulada que assume a pele e mucosas em determinadas condições, geralmente devido ao aumento da hemoglobina reduzida no sangue circulante. É encontrada em recém-natos com defeitos congênitos do coração. Mais raramente está relacionada a presença de outros pigmentos.
Cineangiocardiografia: visualização da luz de um vaso sangüíneo ou de cavidade cardíaca utilizando substância contrastante ao Rx, documentada em filme de 35mm.
Cineangiocoronariografia: visualização da luz das artérias coronárias com a substância contrastante ao Rx, em filme de 35mm.
    Tronco da Coronária Esquerda Ramo Descendente Anterior Ramo Circunflexo Ramo Diagonal Ramo Marginal
Circulação Colateral: fina rede de vasos que se forma, próximo ao local da obstrução de um vaso maior, na tentativa do organismo de manter o fluxo sanguíneo ao leito distal comprometido.
Contraste: substância que se injeta para visualização dos vasos sangüíneos e estruturas cardíacas. Existem várias substâncias contrastantes. 
Coronária: nome dado às artérias que irrigam o músculo cardíaco.
CoronariografiaO mesmo significado que a cineangiocoronariografia, cinecoronariografia e coronariografia têm 
Débito Cardíaco: volume de sangue que é bombeado pelo coração no sistema circulatório, por minuto.
Dissecção aórtica: é a separação longitudinal e circunferencial da camada média da parede da aorta em extensão variável
Desfibrilador: aparelho eletrônico utilizado para reverter uma fibrilação atrial ou ventricular em um ritmo cardíaco normal.
Endarterectomia: remoção cirúrgica de uma placa (aterosclerótica) situada na luz de uma artéria.
Endocárdio: membrana que reveste a superfície interna do coração.
Endotélio: revestimento interno dos vasos sanguíneos.
Epicárdio: membrana que reveste a superfície externa do músculo cardíaco.
Fibrinolíticos: drogas utilizadas para dissolver coágulos sanguíneos recentes, também chamadas de drogas trombolíticas. São utilizadas nas primeiras horas do infarto agudo do miocárdio para dissolver o coágulo que está obstruindo o fluxo arterial coronário. Promove a desobstrução do vaso em 80% dos casos. As drogas mais utilizadas em nosso meio são a estreptoquinase e o actylise.
Fração de Ejeção: representa o percentual do volume ventricular diastólico final que foi ejetado na sístole.
Hemodinâmica: estudo dos movimentos e pressões da circulação do sanguínea.
Infarto do Miocárdio: área do musculo cardíaco danificada por um inadequado suprimento de sangue arterial. Por ex.: obstrução total de uma ramo arterial coronário.
Insuficiência Cardíaca: incapacidade do coração de enviar quantidade de sangue suficiente para as necessidades metabólicas dos tecidos do corpo humano.
Intravenoso: situado dentro de uma veia.
Isquemia: diminuição do fluxo de sangue para um orgão, geralmente devido a constricção ou obstrução parcial de uma artéria.
Isquemia Silenciosa: episódio de isquemia cardíaca sem manifestação de dor torácica.
Manometria: medida dos eventos pressóricos tanto em cavidades do coração como nos grandes vasos. O seu registro em papel também é conhecido como curva pressórica.
Miocárdio: músculo cardíaco que forma as paredes do coração. A sua contração ritmica impulsiona o sangue das cavidades ventriculares para as grandes artérias.
Marca-Passo Cardíaco Artificial: pequeno aparelho implantável cirurgicamente para restaurar o ritmo cardíaco a normalidade.
Regurgitação: refluxo anormal do sangue através de uma valva cardíaca defeituosa e incompetente.
Risco Coronário: um elemento ou condição que envolve um risco aumentado ou perigo de doença coronária. Os Fatores de Risco Coronário estão relacionados com um acréscimo na chance de desenvolver uma doença obstrutiva arterial coronária, principalmente quando associados. Os Fatores de Risco clássicos são: Dislipidemia, Tabagismo, Hipertensão arterial, Diabetes Mellitus, Obesidade e Sedentarismo.
Sistema de Condução do Coração: fibras musculares especializadas que conduzem os impulsos elétricos para todo o músculo cardíaco.
Stent Coronário: são molas ou malhas, na maioria de aço inoxidável, que colocados nas artérias coronárias, nos locais onde existem lesões, servem para manter as paredes do vaso afastadas entre si e manter a placa de gordura aderida à parede. São utilizados em angioplastias em que o vaso oclui agudamente e também com a finalidade de diminuir a reestenose pós angioplastia. A sua introdução na artéria se faz utilizando um cateter balão, ao qual ele é sobreposto. Ao nível da lesão, insufla-se o balão distendendo o stent. Após a desinsuflação do balão, retira-se o cateter, ficando o stent devidamente posicionado.

Angioplastia com Cateter Balão e Colocação de STENT
Desenho Esquemático do Micro STENT II da AVE
    Parede da Artéria com aspecto normal Alças Metálicas do STENT Placa de Ateroma comprimida contra a parede do vaso. Porção Proximal do Balão de Angioplastia (Coronária) Lúmen Interno do Vaso
Valva Cardíaca: ou válvulas cardíacas, são aparelhos que regulam a direção do fluxo sanguíneo no interior do coração e nos grandes vasos que emergem dos ventrículos direito e esquerdo do coração. A Valva Tricúspide regula a direção do fluxo do átrio direito para o Ventrículo direito, a Valva Pulmonar direciona o fluxo do Ventrículo direito para o interior de ambos os pulmões, a Valva Mitral que regula o fluxo do Átrio esquerdo para o Ventrículo esquerdo (sangue arterializado que vem dos pulmões) e a Valva Aórtica que mantém o fluxo do Ventrículo esquerdo para a Aorta Ascendente.
Valvoplastia com Cateter Balão: utiliza-se cateteres balões que ao serem distendidos ao nível de válvulas estreitadas (estenóticas): pulmonares, mitrais, aórticas, tricúspides, determinam a abertura das mesmas.
Veias: vasos que transportam o sangue do corpo para o coração

terça-feira, 6 de julho de 2010

diagnósticos de morte encefálica

Critérios diagnósticos de morte encefálica

INTRODUÇÂO

O fenômeno singular da morte é encarado de maneira distinta nas mais diversas sociedades ao redor do mundo. Cada uma delas apresenta uma visão peculiar; calcada em princípios raciais, culturais e religiosos, entre outros. Apesar disso, a morte em si é rigorosamente a mesma e na maior parte das vezes, não é um evento, mas sim um processo, onde os vários órgãos e sistemas de manutenção da vida entram em colapso progressiva e sucessivamente1,2,3.
Por outro lado, nos últimos anos, esforços têm sido empreendidos para a obtenção de uma conceituação científica e socialmente adequada deste momento que possa ter uma aplicabilidade universal. Isto, além de promover uma padronização dos critérios para seu diagnóstico nas nações em diferentes estágios de desenvolvimento, busca contemplar os avanços notáveis da ciência médica na área de transplantes de órgãos.
Importante notar que o conceito de morte transforma-se e modifica-se conforme a sua colocação, seja esta filosófica ou científico-biológica. Assim, um corpo que apesar de um coração ativo, apresente abolição persistente das atividades cerebrais, provavelmente estará morto, e caso esta suposição realmente se confirme, um potencial doador estaria nascendo. Como percebemos, a definição clássica de morte até recentemente aceita - "parada irreversível de batimentos cardíacos e movimentos respiratórios", torna-se nos dias atuais, obsoleta e inapropriada em algumas situações. Com o notável progresso observado na área de biotecnologia, particularmente na de terapia intensiva, com o advento de máquinas sofisticadas e drogas poderosas, o sistema cardio-respiratório de pessoas irreversivelmente inviabilizadas do ponto de vista neurológico, poderia ser mantido em funcionamento por um tempo indefinido. Um exemplo hipotético, porém desgraçadamente freqüente em nosso país, seriam aqueles pacientes sofredores de trauma de crânio (TCE) grave, onde o encéfalo estaria morto e a manutenção do sistema cardio-respiratório sendo possível através da utilização dos formidáveis recursos bio-tecnológicos contemporâneos. Esta situação foi descrita pioneiramente por Mollaret em 1959 na França, a qual denominou "coma depassé", não se podendo em tais casos, aplicar a definição da "morte clássica", mas sim, empregar critérios diagnósticos de morte encefálica (ME)4,8.
Desta maneira, a adequação dos serviços médicos a esta nova realidade é necessária e justificável, não somente por motivos econômicos ou sociais, mas principalmente por argumentos humanitários. Sabe-se que os leitos de UTI são limitados e dispendiosos e a manutenção de uma vida vegetativa, isto é, sem qualquer perspectiva de recuperação, poderá bloquear indefinidamente sua utilização por outros indivíduos com melhores prognósticos. Além disso, cabe ressaltar que em tal situação, muito freqüentemente, os esforços dispendidos para o atendimento e manutenção artificialmente prolongada dos batimentos cardíacos, equivocadamente interpretados como sinal de que o paciente está vivo, acabam arruinando a família e promovendo descrédito a própria medicina6,12.
Olhando sob outro prisma, nota-se o espetacular progresso médico-científico na área de transplantes nas últimas décadas, propiciando um interesse crescente na sociedade quanto a conceito e critérios diagnósticos de ME, pela óbvia razão que neste grupo de pacientes encontram-se doadores de múltiplos órgãos em potencial. Aliás, gostaríamos de enfatizar que desperdício de órgãos viáveis para transplantação é algo abominável em qualquer nação atualmente, independentemente do seu status sócio-econômico-cultural. Por isso, recomendamos que um enfoque sereno e educado do tema, firmado estritamente em bases humano-científicas e completamente despido de qualquer interesse pecuniário, deveria ser empregado junto à sociedade brasileira em geral, e catarinense em particular, para a eliminação de preconceitos anacrônicos bizarros que obstaculizam sua cooperação.
Finalmente, recordamos aos colegas que quem atesta ME deve ter muito claro em mente que apenas um lapso de tempo o separa das condições do diagnosticado, razão pela qual deveria se portar com máxima discrição, educação e segurança que o momento delicado requer. Assim procedendo, familiares serão mais receptivos à irreversibilidade da situação e mais propensos a doação de órgãos sadios, vitais para outros seres humanos que sobrevivem em precárias condições clínicas.
Tendo em vista estes fatos, nosso grupo, embasado em criteriosa e recente revisão da literatura mundial, propõe critérios diagnósticos de ME para implantação no Estado de Santa Catarina. Recomenda-se especial cautela na aplicação dos mesmos em crianças menores de 5 anos de idade, devido à imaturidade característica do SNC nesta faixa etária poder induzir a conclusões indevidas. A avaliação do paciente possui fases e subfases que devem ser criteriosamente obedecidas para confirmação diagnóstica de ME. Ela deve ser realizada por uma junta de no mínimo dois médicos com experiência no manejo de pacientes comatosos, NÃO PERTENCENTES EM NENHUMA HIPÓTESE A EQUIPE DE TRANSPLANTES, sendo um deles, necessariamente, neurologista ou neurocirurgião14.

FASES A SEREM CUMPRIDAS

I - Descartar Causas Reversíveis de Coma Capazes de Mimetizar ME:
1. Hipotermia: sabe-se que a hipotermia pode dar resultado falso positivo de ME, particularmente quando o corpo está abaixo de 32,2oC (temperatura retal), sendo necessário restauração a normotermia antes de qualquer especulação diagnóstica.

Atenção: Hipotermia é um método seguro e eficaz de combate a edema cerebral grave, condição responsável por grande parcela dos mortos encefálicos. Esta técnica, está sendo desenvolvida pela Universidade de Heidelberg/Alemanha e certamente ganhará importância crescente nos próximos anos11. Há evidências de que seu emprego precoce, imediatamente após o insulto traumático, contribuirá para uma redução expressiva dos indivíduos que desenvolvem ME pós TCE grave em nossa sociedade.

2. Choque: Devido ao choque, independendo de sua etiologia, a diminuição de fluxo sangüíneo cerebral pode provocar uma suspensão transitória da atividade elétrica cerebral e um quadro clínico aparentando ME. Logo, é imprescindível a tentativa de manutenção da pressão arterial antes de diagnosticarmos ME em vítimas de choque.


3. Intoxicação por drogas: parada transitória das funções encefálicas pode ser induzida por overdose de múltiplas drogas sedantes do SNC, como barbitúricos, benzodiazepínicos, entre outras. Quando se suspeita disso, um "screening" deve ser realizado e, nesses casos, o uso de potencial evocado pode ser de grande valia, pois é incomum que essas drogas afetem o teste. É expressamente recomendável um período de observação mais prolongado nos casos em que aventa-se esta possibilidade; principalmente quando da suspeita de barbitúricos, devido a longa meia-vida destas drogas, com sua rica recirculação êntero-hepática e drástica redução da motilidade gastrintestinal.


4. Distúrbios metabólicos: algumas condições como encefalopatia hepática, coma hiperosmolar, hipoglicemia e uremia podem levar a coma profundo, sendo que estas alterações metabólicas devem ser consideradas antes de determinar a irreversibilidade das funções encefálicas e esforços devem ser feitos para corrigi-las. Nos casos suspeitos, exames complementares deverão ser realizados em todos eles.


II - Exame Clínico e Teste da Apnéia:
1. Reflexo pupilar: deve ser realizado com fonte luminosa de boa intensidade, observando se há resposta tanto direta quanto consensual e, se necessário, utilizar lupas e em ambientes com baixa luminosidade.


2. Reflexo corneano: explorar utilizando mecha de algodão, tocando alternadamente as córneas e observando-se a presença de fechamento palpebral e/ou desvio conjugado dos olhos para cima (fenômeno de Bell). Atenção: algodão seco é o material a mais adequado para ser utilizado!


3. Reflexo oculocefalógiro: explora-se com movimentos rápidos de rotação da cabeça no sentido horizontal e flexão e extensão do pescoço. Na resposta normal, observa-se um deslocamento ocular no sentido contrário aos movimentos realizados. Atenção: devido ao risco de lesão medular estas manobras são proibitivas em pacientes vítimas de trauma, pelo menos até que se tenha evidência radiológica de integridade da coluna vertebral.


4. Reflexo oculovestibular: explora-se elevando a cabeça do paciente a 30 graus do plano horizontal; determinar previamente por otoscopia a permeabilidade do conduto auditivo e aplicar lentamente 50 ml de água à 4oC sobre a membrana timpânica, observando se há desvio ocular. Resposta normal seria desvio em direção ao estímulo.


5. Reflexos cocleopalpebral, sucção e mentoniano: são de pouco valor discriminativo. Reflexos faríngeos, de deglutição e de tosse: muitas vezes são comprometidos pelo uso de cânulas endotraqueais para ventilação, como também pelo ressecamento das mucosas. Entretanto, sem dúvida, podem ser pesquisados como os reflexos supracitados, pois quanto mais dados disponíveis, maior será a segurança do diagnóstico de ME. Relembramos o fato de que este é de caráter essencialmente clínico.


6. Teste da apnéia: tem como intuito comprovar se há movimento ventilatório espontâneo pela estimulação de centros respiratórios pela hipercapnia de no mínimo 60 mmHg. O teste consiste inicialmente em observar se o paciente não realiza nenhum esforço contrário à ventilação mecânica. Após 15 minutos, o paciente é ventilado durante 10-20 minutos com 100% de oxigênio e colhe-se uma gasometria arterial que deve mostrar um pO2 de 100 ou mais mmHg. Na seqüência, ele é desconectado do ventilador e com um catéter traqueal se administra oxigênio a 6 litros/minuto. Por um período de 10 minutos, observa-se se há movimento ventilatório e colhe-se outra gasometria. O teste é dito positivo quando a pCO2 da segunda gasometria atingir um nível mínimo de 60 mmHg sem nenhum movimento ventilatório concomitante. Caso pCO2 seja menor que 60 mmHg, o teste deve ser repetido e, utilizando do aumento médio de pCO2, de 3 mmHg/minuto em adultos, para cálculo do período de observação.

Após a constatação clínica e registro de coma não reativo do paciente, este deve ser observado por um período mínimo de 12 horas, após o qual dever-se-á repetir a avaliação clínica e registrar se houve alguma modificação do quadro inicial. Caso o exame permaneça inalterado, uma nova avaliação clínica deverá ser realizada 12 horas após. Nesta ocasião, se o paciente persistir em coma profundo, com ausência de resposta na pesquisa dos reflexos enumerados acima e tiver um teste da apnéia positivo, deverá ser estabelecido o diagnóstico de ME.

III - Exames Complementares

1. EEG: deve demonstrar ausência de atividade elétrica cerebral. Este procedimento deverá ser realizado conforme as normas técnicas da American EEG Society (detalhes técnicos podem ser obtidos no "Minimal Technical Standards fo EEG Recording in Suspected Cerebral Death" - Guidelines in EEG 1980, Atlanta, American Electroencephalographic Society, 1980, section 4, pp. 19-241)7.


2. Potencial evocado: é um exame que poderia ser utilizado quando há alguma limitação para a realização do exame clínico ou como uma opção confirmatória extra. Pela sua praticidade, deverá ser o exame de eleição para confirmação de ME quando houver pendências legais ou necessidade de diagnóstico precoce.


3. Angiografia de 4 vasos encefálicos ou outros métodos de medição do fluxo sangüíneo cerebral, que demonstre ausência de fluxo sangüíneo cerebral.


4. Ultrassonografia: poderá fornecer informações valiosas sobre ausência de circulação sanguínea em território das artérias carótidas. Quando disponível substitui angiografia cerebral com o charme de ser um estudo não agressivo13.

IV - Comentários Adicionais
O período de observação clínica e documentação da cessação da função cerebral por um período mínimo de 6 horas JUNTAMENTE com ausência de atividade elétrica cerebral OU perfusão sangüínea cerebral, estabelece o diagnóstico de ME e torna dispensável a necessidade de reavaliações clínicas. Todavia, conforme já comentado, na ausência desses testes complementares, o período de observação clínica deve ser no mínimo de 24 horas. Logo, gostaríamos de enfatizar que exames complementares não são pré-requisitos necessários para se firmar o diagnóstico de ME2,3,8. Contudo, reconhecemos que sua disponibilidade permitirá anteciparmos com segurança o diagnóstico desta condição.
Uma vez diagnosticada ME, a junta deve preencher o atestado de óbito em duas vias, sendo uma encaminhada a conselho de ética médica da instituição e outra anexada ao prontuário. Nesta hora, apoio psicológico aos familiares é imprescindível. Além disso, o médico responsável deverá ser esclarecedor e objetivo quando expõe aos mesmos a irreversibilidade da situação. Assim como deveria transmitir apropriadamente sentimentos de solidariedade pela perda de um ente querido10.
Neste momento, algumas iniciativas deveriam ser implementadas se o corpo do indivíduo em ME for identificado como um doador em potencial. A primeira delas seria um contato com os familiares responsáveis. Entretanto, devido ao seu caráter epidêmico nos dias atuais, um teste para HIV deveria ser feito previamente em todo indivíduo candidato à doação, não importando comportamento prévio ou classe social, pelos riscos inerentes e óbvios desta condição. Além disso, devemos ter na memória que outras sérias enfermidades infecto-contagiosas continuam existindo. A despeito de serem menos freqüentes, algumas delas são de tal gravidade que sobrepujam a famosa SIDA em termos prognósticos (Jakob-Creutzfeldet por exemplo, veja mais em Demência e suas causas) e os indivíduos receptores deveriam serem poupados de tal desatino.
Finalizando, gostaríamos de realçar mais uma vez que o diagnóstico de ME é fundamentalmente clínico. A despeito disso, testes complementares serão necessários quando da avaliação de crianças até 5 anos de idade5. Da mesma forma, pacientes com lesões infratentoriais, independentemente de sua idade, deveriam ser objeto de avaliação muito cautelosa, pois muitas vezes seu quadro clínico indefinido exigirá o uso de exames complementares diversos para a confirmação diagnóstica7,9,13.

O presente ensaio apresenta uma proposta de critérios diagnósticos de ME à sociedade médica. Conceitos nesta área estão em contínua evolução. Por esta razão, este documento deveria ser objeto de aprimoramento permanente e os colegas são convidados à reflexão e a colaborarem neste desígnio.


1. Pupilas paralíticas - devem estar fixas e arreativas frente a um estímulo luminoso.
2. Arreatividade supra-medular
3. Ausência do reflexo córneo palpebral
4. Ausência de reflexo óculo vestibulares - os reflexos óculo vestibulares estão ausentes. Pesquisado pela movimentação lateral ou vertical da cabeça ou então pela irrigação dos condutos auditivos com 50 cm de água gelada
5. Apnéia - é o exame mais importante. Entretanto, deve-se lembrar que a maioria dos pacientes comatosos encontram-se em hipocapnia e hiperoxigenados. Por isso deve-se realizar a prova da apnéia.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

NUTRIÇÃO PARENTERAL

A Nutrição Parenteral pode ser utilizada tanto como terapia exclusiva quanto como de apoio, dependendo basicamente da capacidade fisiológica de digestão e/ou absorção de cada paciente.Defini-se pela administração endovenosa de macro e micronutrientes, por meio da via periférica ou central.
As principais indicações são depleção das proteínas plasmáticas, perda significativa ou incapacidade de manutenção do peso corpóreo,traumas e cirurgias.
A indicação adequada,a manutenção dos controles bioquímicos,clínicos e antropométricos permitem diminuir as complicações infecciosas,metabólicas ou de infusão.O retorno gradual e o mais precoce possível à alimentação oral é a condição a ser alcançada em toda terapia de nutrição parenteral.
Entende-se por Nutrição Parenteral a administração de nutrientes como glicose e proteínas, além de água, eletrólitos, sais minerais e vitaminas através da via endovenosa, permitindo assim a manutenção da homeostase, já que as calorias e os aminoácidos necessários são supridos.
Tal método pôde ser observado já no século XIV, porém seus primeiros resultados não se mostraram satisfatórios. As primeiras soluções glicosadas e hidrossalinas apareceram no início do século XVII, mas somente no século XX, mais especificamente 1968, houve a sistematização da Nutrição Parenteral através da proposta de Dudrick da Universidade da Pensilvania, a qual provava a eficácia e a aplicabilidade segura do uso do método.
A Nutrição Parenteral é utilizada normalmente como terapia de apoio (complementando as necessidades nutricionais de pacientes em que via enteral não consegue suprí-las) ou terapia exclusiva (onde uso da via enteral é proibida), sendo que em ambos casos ela pode combater desnutrição, podendo até reverter quadro imunológico.

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

As vias utilizadas para a administração da alimentação parenteral são a periférica e a central. Na primeira podem ser somente oferecidas soluções hipoosmolares, hipoconcentradas e as gorduras. Já na segunda há infusão de soluções hipertônicas de glicose e proteínas, vitaminas entre outros.
A via mais utilizada é a central, sendo que a canulação da veia subclávica (por via infraclavicular) é a rotineiramente usada para ter acesso à veia cava superior. O catéter deve posicionar-se no átrio direito, o que deve ser verificado através de RX.
Estipulada a via de administração, a solução pode ser instalada, respeitando sempre as condições estabelecidas quanto ao volume e as calorias, situação esta controlada através da velocidade do gotejamento. As soluções base são hipertônicas, logo necessitam ser infundidas em veia central.Estas soluções são compostas por 500 ml de solução de glicose 50% (fornece aproximadamente1000kcal) adicionados em 500ml solução de aminoácido 10% (fornece aproximadamente 200 kcal); há ainda o acréscimo de eletrólitos e polivitamínicos (em função das quantidades insuficientes de ácido fólico e vitamina B12 nos polivitaminicos, há necessidade de aplicação intramuscular dos mesmos). Já as gorduras são fornecidas sob forma de emulsão 10% (500ml aproximadamente 450 kcal) por meio da via periférica, não havendo risco de flebite. Outra vantagem da emulsão é o seu elevado aporte energético em volumes reduzidos, além de fornecer os ácidos graxos essenciais.

INDICAÇÕES

Como já foi dito anteriormente, a Nutrição Parenteral pode ser usada como apoio ou exclusivamente, para aqueles casos em que o uso da via enteral é contra indicada, a seguir os mesmos serão expostos:
- Traumas: normalmente levam a estados hipermetabólicos (perda elevada de N e alto gasto energético), logo a única terapia capaz de suprir tais necessidades é a parenteral. Isto é possível através do fornecimento de emulsões lipídicas que apresentam alto teor calórico.
- Fístulas Enterocutâneas: a desnutrição é uma das maiores causas de mortalidade em pacientes com esta patologia, logo a Nutrição Parenteral nesses casos tem objetivo de recuperar o estado nutricional desses pacientes. Estudos apontam que o tratamento convencional de fístula associada à Nutrição Parenteral tem promovido recuperação e fechamento precoces.
- Insuficiência Hepática: todos os nutrientes têm seus metabolismos alterados, principalmente as proteínas. A competição entre aminoácidos ramificados e aromáticos é favorável já que há síntese de proteínas no músculo (ideal para reparação hepática) e reduzem o catabolismo (conseqüente diminui produção de amônia), logo aos pacientes com tal patologia são fornecidas altas concentrações de aminoácidos ramificados e baixa concentração de aromáticos.
- Insuficiência Renal Aguda: caracteriza-se pela retenção nitrogenada e hiperosmolaridade. Apesar disso, a oferta de proteínas deve ser normal, com intuito de evitar desnutrição energético protéica. A solução protéica fornece aproximadamente 15g de aminoácidos, mantendo assim o equilíbrio metabólico com os carboidratos.
- Pancreatite Aguda: a Nutrição Parenteral objetiva, nesse caso, o repouso pancreático fundamental para recuperação das funções e evitar hemorragias/necrose tecidual. Nestes casos, a emulsão lipídica deve ser utilizada com cuidado (10% VCT), e as soluções devem ser hiperglicídicas e hiperproteicas para fortalecer aporte calórico.
- Enteropatias Inflamatórias: nessas patologias há necessidade de repouso, redução de secreção e motilidade intestinal, porém a desnutrição deve ser controlada para que os resultados da cirurgia sejam satisfatórios.
Portanto, após expostas as indicações, pode-se afirmar novamente que a Nutrição Parenteral é destinada àqueles pacientes que possuem a via oral e/ou gastrointestinal impossibilitadas de serem usadas (3,4,5), com gasto metabólico elevado, decorrente de doença/trauma e que apresentam aporte calórico proteico insuficiente, além de ser usado como preparo de pacientes no pré operatório.
Existem três indicadores que são utilizados para apontar os pacientes de risco (1,5), os quais são fortes candidatos ao suporte nutricional via NP, são eles:
· perda de 10% ou mais peso corpóreo;
· albumina sérica abaixo de 3g/dL;
· transferina sérica com valores inferiores a 220 mg/dL.

CONTROLES

Após a Nutrição Parenteral ser instalada, alguns recursos são usados no controle e/ou na verificação da aceitação do método, dentre os quais podem ser citados:
-avaliação nutricional :
· curva de peso: antes de iniciar e, posteriormente de 3/3 dias
· circunferência do braço: antes de iniciar e, posteriormente semanalmente
· prega cutânea: antes de iniciar e depois semanal
· contagem linfocitária
· testes cutâneos de sensibilidade: antes de iniciar e depois a cada semana
-exames laboratoriais :
· hemograma completo: antes de iniciar; em dias alternados na 1a semana e depois semanalmente
· glicemia: antes de iniciar; em dias alternados na 1a semana e posteriormente uma vez por semana
· colesterol total: antes de iniciar e, dependendo do caso repetidas vezes
· triglicerídeos: idem acima
· hemocultura: semanalmente
· glicosúria: 6/6 horas
· dosagem de proteínas de vida média curta (ex: pré-albumina): antes de iniciar; em dias alternados e depois semanalmente
-balanço hídrico: diariamente

COMPLICAÇÕES

Quanto às complicações observadas relacionadas à Nutrição Parenteral, valem ser ressaltadas as:
· Infecciosas (septicemia): são as mais graves, já que os pacientes usuários da Nutrição Parenteral estão, geralmente, debilitados previamente. São decorrentes de contaminação, seja das soluções ( o que é mais raro) , do catéter ou do momento de inserção do mesmo.
· Não Infecciosas: estão relacionadas a problemas na introdução do catéter, podendo ocorrer: pneumotórax, hemotórax, má posição de catéter, flebotrombose, hidrotórax, hidromediastino, lesão nervosa, lesão arterial (subclávica), perfuração miocárdica, laceração da veia, etc.
· Metabólicas: são decorrentes de alterações do metabolismo dos nutrientes utilizados nas soluções infundidas.
Estas podem se dar quanto:
-aos carboidratos: hiperglicemia e coma hiperosmolar não cetônico (decorrentes de intolerância à glicose), diurese osmótica, hipoglicemia (decorrente de aumento da produção insulínica endógena associada a insulina exógena);
-aos lipídeos: deficiência de ácidos graxos essenciais, hipertrigliceridemia;
-aos aminoácidos: hiperamoniemia, acidose metabólica hiperclorêmica (resultante da liberação de ácido clorídrico por parte dos aminoácidos cristalinos utilizados);
-aos eletrólitos: hipofosfatemia (leva diminuição do transporte de oxigênio e da capacidade de coagulação sangüínea), hipo/hiperpotassemia e hipo/hipernatremia;
-às vitaminas: hipervitaminose A e D (por serem lipossolúveis têm tendência ao acúmulo no organismo), hipovitaminose K, B12 e de ácido fólico;
-aos oligoelementos: deficiência principalmente de Cobre, Selênio e Zinco;
-ao excesso de oferta hídrica.
Lembrando sempre que, assim que possível o desmame da Nutrição Parenteral, deve ser realizado gradativamente para a alimentação enteral e posteriormente para via oral, mais fisiológica e menos custosa.
Pode-se observar e concluir que a Nutrição Parenteral, se bem aplicada, é um recurso de extrema importância na manutenção e/ou melhora do estado de saúde dos pacientes de pequeno, médio e alto risco, seja em âmbito hospitalar quanto domiciliar.
A Nutrição Parenteral pode ser interpretada como terapêutica extremamente segura, quando seus procedimentos técnicos e de higienização são seguidos rigorosamente pelos profissionais. Caso contrário, é uma via direta à septicemia e um conseqüente perigo para a sobrevivência dos pacientes.
Fonte: Instituto de Endocrinologia e Nutrição - http://www.drien.com.br/

quarta-feira, 7 de abril de 2010




NUNCA REENCAPE UMA AGULHA
70% DOS ACIDENTES COM OS
PROFISSIONAIS ACONTECEM
DESSA FORMA.

PENSEM NISSO






ENFERMAGEM É VIDA, É AMOR INCONDICIONAL

terça-feira, 6 de abril de 2010

O SEGREDO DA HUMANIZAÇÃO ESTÁ NOS DETALHES DOS CUIDADOS

O SEGREDO DA HUMANIZAÇÃO ESTÁ NOS DETALHES DOS CUIDADOS


RESUMO

Diante da intensa crise da saúde pública, crise de humanismos, da dificuldade de fazer pessoas melhores, ou seja, profissionais da saúde mais humanos. Diante da humanização dos cuidados, um tema tanto falado e pouco vivido surge para resgatar o cuidado, os profissionais, ou seja, para dar qualidade na assistência ao doente. Na tentativa de não só enxergar o lado técnico, mas procura tirar a trava do olho para ver o sujeito como um todo, no seu contexto histórico, uma prática de cuidado vista com olhos do amor, solidariedade e compaixão. A dificuldade de colocar em prática esse cuidado humanizado está no modelo de política de saúde adotado, não voltado para o paciente-profissional, já que o profissional de saúde se encontra fadigado mentalmente, esgotado, angustiado, cansado, estressado, situação relacionada das altas cargas de trabalho, do dia/ dia, de lidar com dor e sofrimento do paciente, da impotência de curar e da necessidade de ultrapassar os limites sem sucesso. Essa debilidade emocional interfere no cuidado e na qualidade da assistência.

INTRODUÇÃO

Falar em humanizar é muito fácil o duro é colocar em prática, frente às intempéries do cuidado. Diante desse dilema surge a desumanizarão do cuidado inconscientemente pelos profissionais de saúde, muito embora exista a vontade de fazer, mas o estresse acaba comprometendo o trabalho. Das várias realidades e utopias dentro do cuidado, partindo dessa controvérsia a humanização caminha para uma construção, reconstrução e transformação no modelo de cuidado, mas é necessária instituição, profissionais e pessoas querer fazer acreditar na mudança do cuidado, incorporar os detalhes no cuidar como uma glória em cada ato, ou procedimento realizado, na conversa, na escuta, no contato afetivo, no olhar dentro do olho, na preocupação, na ajuda, no pegar na mão, na simplicidade de fazer, no tratar o paciente como se fosse um ente querido seu, na consciência de entender o paciente queixoso, o paciente rebelde, o nervoso, o mal educado e o neurótico. "Quando se trata de impor limites, imobilização, perda da autonomia, dependência dos outros para ajudar é um caos na vida do doente, ou seja, qualquer pessoa normal pode se transformar em maluco frente a essa situação." O que mata não é a doença é a incapacidade de fazer e o impor limites na vida.
Muitas das vezes não queremos cuidar de tal paciente ou porque não nos identificamos ou identificamos demasiadamente com ele. Mas "Somos seres humanos imperfeitos e fragilizados", porém isso não é crime, mas podemos trabalhar essa dificuldade através da mudança dos atos, de praticar um cuidado com sensibilidade, serenidade, de cumprir sua missão, afinal cada paciente é um desafio para ser cuidado e tudo na vida tem um propósito debaixo da terra...
O resultado do o cansaço do profissional reflete no cuidado automático inconscientemente e na tentativa de proteger suas emoções se mostra indiferente, insensível, limitado, cumprir rotina. A estratégia para mudança no paradigma do cuidado é através de uma filosofia de cuidado espiritual, emocional voltada para o profissional de saúde, visando à cura de seu lado sentimental, emocional e de sua alma. O Capelão é de grande ajuda para conversa-escuta e reflexão com profissionais paraterapia comportamental, espiritual e relaxamento de corpo-alma.
O profissional deve sempre fazer uma reflexão no cuidado que esta prestando hoje para ser melhor amanhã.
A rotina organiza o serviço, mas o bom senso é necessário para trabalhar com o próximo.
[...] Cuidado significa um fenômeno existencial básico. "Traduzindo: um fenômeno que é a base possibilita Dora da existência humana enquanto humana". (BOFF, 1999, p.34).
A mão que toca, cura porque leva carícia, devolve confiança, oferece acolhimento e manifesta cuidado. A mão faz nascer à essência humana naqueles que são tocados.

O CENÁRIO DIÁRIO

"Todo dia na rapidez vou" para os quartos verificar SSVV, coloca lençol no carrinho para arrumar as camas, encaminhar pacientes para o banho, fazer banho de leito, a necessidade de terminar o serviço, e fazer todos os banhos de manhã...
"AH"! """ """ ESQUEÇI O BIOMBO" UM CENÁRIO, A PRIVACIDADE DO DOENTE SENDO DIVIDIDA COM OS OUTROS SEM SUA PERMISSÂO".
"No momento que o profissional termina o banho de leito no paciente, e depois vai fazer curativo ou outro procedimento, geralmente o paciente está encolhido ou tremendo de frio, pois inconscientemente, sem maldade o profissional no automático, esquece de cobrir o paciente e/ou fechar a janela do quarto". "Quando o paciente vai para o chuveiro, inconscientemente, o profissional esquece de cobri-lho com uma toalha, afinal no imperceptível o quarto está cheio de outros pacientes e familiares enfim pessoas estranhas participando da intimidade do paciente".
"Enquanto ser humano, tenho o dever de ajudar outro ser humano, para que eu mesmo não me desumanize." (citação no Dia Mundial do Refugiado, 2004)
De maneira geral as reflexões sobre o cuidado humanizado, apresentam duas perspectivas: "o vivido" e o ideal de humanizar, "o falado".

REFLEXÃO

É o cuidado que enlaça todas as coisas; é o cuidado que traz o céu para dentro da terra e coloca a terra dentro do céu; é o cuidado que fornece o elo de passagem da transcendência para a imanência, da imanência para a transcendência e da história para a utopia.
O cuidado faz surgir o ser humano complexo, sensível, solidário, cordial, conectado com tudo e com todos no universo.
. O cuidado vive do amor primordial, da ternura, da carícia, da compaixão, da convivialidade, da medida justa em todas as coisas. Sem cuidado, o ser humano, como um tamagochi, definha e morre.
Hoje, na crise do projecto humano, sentimos a falta clamorosa de cuidado em toda a parte.

OBJETIVO

Analisar a prática de cuidado em todas as suas dimensões relacionada ao paciente.
JUSTIFICATIVA
O profissional de saúde geralmente são heróis ou heroínas, pessoas brilhantes e fascinantes, pois está mais próximo do pacientes que qualquer outra pessoa, familiar, filho, parentes e outros, ajudam o paciente nos momentos mais inusitados, e/ou de total intimidade, muitas vezes momento único e exclusivo de um ser humano, que talvez preferisse estar sozinho, mas o limite, a doença o impossibilita de poder estar. Quando digo que o profissional é brilhante porque é nos momentos mais delicados, como banho, curativo, na troca de fralda, na alimentação na medicação lá estão eles os "Anjos de Branco".
Na mudança de leito, no colocar o paciente na cadeira, muitas vezes visa muito à técnica e esquece de dar um pouquinho de atenção, de conversar, de ouvir, dificuldade do profissional, problema que tem muita relação com a própria questão cultural, afinal são preparados para lidar somente com a parte técnica.
Mas através da reflexão, da comunicação, na criação de um espaço para refletir "como cuidar melhor", humanizar não é impossível, e falar que é utopia é uma ignoraçância das pessoas, porque afinal quando estamos na ativa temos a chance de fazer as pessoas serem melhores inclusive nós, pois poderemos ser algum dia pacientes.
Perguntas:

1. Qual é a minha responsabilidade diante do cuidado com o paciente?

2. Como gostaria que alguém cuidasse de min?

3. Qual é a prática de cuidado que fiz ontem e a que faço hoje ?

ERRO DE MEDICAÇÃO: ESTRATÉGIAS E NOVOS AVANÇOS PARA MINIMIZAR O ERRO

ERRO DE MEDICAÇÃO: ESTRATÉGIAS E NOVOS AVANÇOS PARA MINIMIZAR O ERRO

INTRODUÇÃO

Atualmente o assunto erro de medicação está trazendo gravíssimos transtornos e manifestando preocupações quanto á responsabilidade de disponibilizar um ambiente seguro com qualidade na assistência de enfermagem. Sabe-se que administração de medicamentos constitui umas das maiores responsabilidade atribuída à enfermagem. Para sua execução é necessária a aplicação de vários princípios científicos que fundamentam a ação do enfermeiro, de forma a promover a segurança do paciente tendo uma visão como um todo. No que diz respeito à enfermagem esta deve ater-se não somente aos procedimentos técnicos e básicos inerentes à profissão, mas identificar os caminhos percorridos pelo medicamento desde o momento que o médico o prescreve até a sua administração ao paciente, analisando criticamente o sistema de medicação, refletindo sobre seus conhecimentos. Devendo colaborar com a segurança do sistema buscando soluções para os problemas existentes, além de colaborar com pesquisas sobre as novas condutas, avanços e tecnologia para a segurança do paciente com relação ao erro de medicamento. Este trabalho tem como objetivo analisar e elencar os tipos de erros e estratégias para prevenção do mesmo, apontando as ações voltadas à segurança na administração de medicamentos como novas condutas e avanços no conhecimento cientifico sobre o processo.

MÉTODO

Trata-se de um estudo bibliográfico, tipo revisão da literatura. Realizou-se levantamento bibliográfico, por meio de consulta eletrônica, utilizando o site do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), juntamente com a base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), por meio das palavras-chave contempladas na Biblioteca Virtual em Saúde – Descritores em Ciências da Saúde (DeCS).” erro medicação,” “segurança paciente,” “prevenção erros,” cuidados enfermagem,” foram localizados 28 artigos, destes 13 atenderam ao objeto de estudo desta pesquisa. Os critérios de inclusão determinados foram: artigos que retratam o tema erro de medicação, segurança do paciente, ações para minimizar o erro: publicados no período de 2000 a 2009 e no idioma português.

RESULTADO

Erro de medicação é um assunto delicado, pesando sobre ele estigmas e preconceitos, medos e principalmente desinformação onde muitos profissionais preferem não pronunciar sobre o mesmo (1). A ocorrência de erros é inerente ao processo cognitivo humano, e neste contexto, profissionais de saúde são passiveis de cometê-los. Esforços devem ser implementados na tentativa conhecer e explorar tais eventos, com a finalidade de desenvolver estratégias que conduzam à prevenção e conseqüentemente promovam a segurança do paciente (2). Os erros podem estar relacionados á prática profissional, produtos usados na área da saúde, procedimentos, problemas de comunicação, incluindo prescrições, rótulos, embalagens, monitoramento, o uso de medicamento. Medicar pacientes depende de ações meramente humanas e os erros fazem parte dessa natureza, porém, um sistema de medicação bem estruturado deverá promover condições que auxiliem na minimização e prevenção dos erros, implementando normas, regras e processos com a finalidade de auxiliar os profissionais envolvidos (3). Os erros podem ocorrer de varias formas acometendo ou não risco ao paciente. Entre eles identificamos:
Erro na medicação: é qualquer evento evitável que pode causar ou induzir ao uso inapropriado de medicamento ou prejudicar o paciente enquanto o medicamento está sob o controle do profissional de saúde, paciente ou consumidor. Podem está relacionados a pratica profissional, durante procedimentos, também por falhas dos sistemas incluindo prescrição, comunicação, etiquetação, embalagem e nomenclatura aviamento dispensação, distribuição.
Acidentes com medicamentos: constituem em todos os incidentes, problemas ou insucessos, inesperados ou evitáveis, produzidos ou não por erro a imperícia ou negligência (4).
Reações medicamentosas: se refere a qualquer dano ou injuria causada ao paciente pela intervenção médica relacionada á prescrição medicamentos, provocadas pelo o uso ou falta do uso, quando necessário (4).
Reações adversas ao medicamento: é definida pela OMS como qualquer efeito prejudicial ou indesejado que se apresente após a administração de doses de medicamentos normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnostico e tratamento de uma enfermidade (4).
Erro potencial: constitui-se em um evento ou situação que poderia ter resultado em um acidente, injuria ou doença, mas por sorte ou por que foi interceptado nada aconteceu (4).
Administração de medicamentos é um processo que compreende: aquisição, recebimento, armazenamento, prescrição, aprazamento, transcrição, aceite, dispensação, preparo e administração. A administração de medicamentos é um dos tipos de eventos adversos na assistência relacionados a procedimentos; todavia erros de medicação ocorrem, não somente durante a administração do medicamento propriamente dita, mas, em todas as etapas do sistema. Todos aqueles envolvidos na implementação da terapia medicamentosa, desde as instituições o farmacêutico, e os demais profissionais de saúde são responsáveis pela prevenção dos possíveis erros de medicação e por promover praticas segura. Porém, na área da saúde a equipe de enfermagem realiza o processo de administração do medicamento é sobre esta, que cai mais fortemente a responsabilidade pelo o erro (5). O processo de administração de medicação é composto por seis etapas: revisão e validação da prescrição, separação e distribuição do medicamento, preparação e administração do medicamento, monitoramento da ação ou reação do medicamento (6).
Os erros descritos tanto na literatura nacional como na internacional são relacionados conforme descrição à seguir (7).
Erros de omissão: qualquer dose não administrada até o próximo horário de medicação.
Erros na administração de um medicamento não-autorizado: a administração de um medicamento ou dose de medicamento não-prescrito pelo o médico.
Erro de dose extra: da administração de uma ou mais unidades de dosagem, além daquela prescrita.
Erro referente á via administração: pela via errada ou por uma via que não a prescrita.
Erros de dosagem: erros com a administração do medicamento em dosagens diferentes daquelas prescritas pelo médico.
Erros de horário: devido ao horário incorreto de administrar o medicamento; fora dos horários pré-definido pela instituição ou da prescrição aprazada.
Erros devido ao preparo incorreto do medicamento. Medicamento incorretamente formulado ou manipulado. Diluição ou reconstituição incorreta ou inexata, falha ao agitar suspensões, diluição de medicamentos que permitam esse procedimento, mistura de medicamentos que são física ou quimicamente incompatíveis e embalagem inadequada do produto.
Erros devido à utilização de técnicas incorretas na administração. Uso de procedimentos inconveniente ou técnicas impróprias, como falhas nas técnicas de assepsia e das lavagens das mãos.
Erros com medicamentos deteriorados. Administração de medicamento com comprometimento da integridade física ou química.
Estes erros citados até então, referem-se à etapa de administração de medicação, no entanto, existem outros tipos de erros relacionados a outras etapas do processo que incluem:
Erros de prescrição: prescrição imprópria de um medicamento, como dose incorreta; rótulos incorretos ou inadequados; preparação incorreta ou inapropriada distribuição de medicamento com data expirada; medicamento estocado de maneira imprópria ou ainda comprometido física ou quimicamente.
Erros potenciais: são aqueles que ocorreram na prescrição, distribuição ou administração dos medicamentos, mas que não causaram dano ao paciente.
Os erros na medicação também podem estar relacionados com:
• A deficiência da formação acadêmica, inexperiência, negligencia e desatenção.
• Desatualização quanto aos avanços tecnológicos e científicos em procedimentos definidos.
• Ao manuseio de equipamentos, e sobre carga de trabalho.
Pontos críticos que contribuem para o erro de medicação:
• Não conferir a medicação com a prescrição médica;
• Não checar a presença de alergia;
• Administrar o medicamento sem conferir a pulseira de identificação;
• Não realizar os cincos certos da administração de medicamentos;
• Desconhecer a medicação que será administrada;
• Prescrição médica ilegível;
• Não respeitar o horário de preparo para a administração;
• Nomes parecidos de pacientes favorecendo erro.
Outros fatores que podem contribuir para o erro é a ausência da execução diária de fatores como:
Aprazamento: É o momento em que o enfermeiro analisa a prescrição médica e, utilizando seus conhecimentos sobre medicamentos, estipula horários para sua administração, de acordo com os intervalos prescritos pelo médico e a rotina de aprazamento vigente.
Prescrição médica de medicamento se necessário (SN) consiste na medicação que deverá ser feita ao paciente se for necessário. O enfermeiro deverá ter prudência ao determinar a necessidade da administração, não havendo necessidade de pedir autorização ao médico para administrá-la. Geralmente o médico estabelece intervalos para a administração da medicação.
Prescrição médica a critério médico (ACM): Consiste na medicação que antes de ser administrada, exige que a enfermeira responsável pelo paciente consulte o médico titular ou o médico plantonista, ou seja, não há a administração sem a confirmação médica (8).
A fim de prevenir erros de medicação, enfermeiros comumente utilizam a prática de verificação dos cinco certos, que estão intimamente relacionados, sendo eles: Paciente certo, droga certa, via certa, dose certa, hora certa (9). Outros três cuidados foram recentemente incorporados à administração de medicamentos:
1. O enfermeiro juntamente com sua equipe de enfermagem deverá ler e analisar a prescrição como um todo da esquerda para direita no início de cada plantão, sendo uma ação de extrema importância;
2. O direito de o paciente recusar o medicamento;
3. Documentação correta.
Que totalizam oito cuidados no processo de administração de medicamentos, mas que apenas algumas instituição de saúde adota todos esses princípios implementando prescrição médica eletrônica, protocolos e rotinas com cuidados gerais no processo medicamentoso, aprazamento de medicação como responsabilidade do enfermeiro.
Pesquisa recente da Joint Commission destaca a qualidade das questões de segurança de medicamentos a pesquisa indica que uma instituição pode diminuir substancialmente eventos adversos de drogas usando três estratégias:
• Identificando processos de alto risco;
• Identificando erros antes que eles atinjam o paciente;
• Desenvolvendo sistemas que rapidamente mitiguem os efeitos de qualquer dano causado a um paciente (10)
Ressalta ainda que a administração de medicamentos é um processo complexo. São necessários recursos direcionados a líderes da instituição, médicos, enfermeiras e farmacêuticos assim como a pacientes. E preciso desenvolver estratégias que sejam comprovadas, práticas e mensuráveis para ajudar a desenvolver a melhor abordagem para a administração de medicamentos (10).
• Documentação: Anotar nas evoluções e anotações de enfermagem todo e qualquer intercorrência, principalmente relacionadas a medicação, pois será a partir de dados relevantes que se tomam condutas de melhorias, como: implementação da educação continuada treinamentos reciclagem.
• Identificação do paciente com código de barras: Identificar o paciente com pulseira contendo nome, número do prontuário com código de barras é um procedimento pratico e simples que é de grande participação para a minimização dos erros de medicação, e segurança do paciente em todo e quaisquer procedimentos. Mas infelizmente este protocolo está presente apenas em algumas instituições de saúde.
• No processo da administração de medicamentos, a enfermeira desempenha um papel essencial, podendo executar ações que incluem da avaliação clínica e laboratorial diária do paciente ao planejamento do aprazamento da prescrição (estabelecimento dos horários de administração dos medicamentos), no intuito de evitar complicações relacionadas à via de administração, toxicidade dos medicamentos e assim entendido, constata-se que o aprazamento dos medicamentos carece de maior atenção dos enfermeiros, tanto no campo prático quanto no investigativo. (10)
A Joint Commission on Accreditations of Healthcare Organizations (JCAHO), organização não-gorvenamental americana que avalia a qualidade dos serviços de hospitalares dentro e fora dos EUA, recomenda que existam ferramentas para medir e monitorar a performance de uma instituição, propondo, que exista uma analise critica sobre as causas de sua ocorrências e sugere implantação de medidas de qualidade., Influenciados pelos programas de acreditação hospitalar já concedido hospitais brasileiro, muitas instituições vêm padronizando processos e adotando a notificação de eventos adversos como um indicador para o gerenciamento de qualidade em seus serviços garantindo assim a segurança do paciente e profissionais envolvidos no processo de administração de medicamentos. (11)
No processo de administração medicamentos deve-se ter em conta: Se o medicamento contém substâncias sujeitas a controle especiais como, faixa etária a quem se destina a medicação terapêutica, crianças, jovens, a pacientes idosos grupos farmacológicos, descrição da ação, reação e interação das drogas posologia, prescrição medica com aprazamento, diluição e tempo de infusão, è importante que a enfermagem saiba identificar e apontar os fatores de risco para não cometer erro levando em conta os seguintes critérios:
1. Verificar no prontuário presença de alergias (identificação com etiqueta de alergia e descrição da substância a que o paciente refere ser alérgico, que deverá constar na avaliação inicial, capa externa do prontuário, e em todas as folhas da prescrição médica) ou, caso não esteja anotado, certificar-se por segurança com o paciente.
2. Fazer leitura global da prescrição médica, da esquerda para direita: nome do medicamento, dose, via freqüência, horários aprazados.
3. O processo de administração de medicamento deve ser individual, desde o seu início até a realização da administração no paciente.
4. A prescrição médica é indispensável no momento do preparo da medicação! O profissional que administra a medicação deve ter suficiente conhecimento sobre o medicamento á ser administrado (12).
• Não conversar durante o processo de preparação de medicamentos.
• Enquanto prepara o medicamento deve ter sempre à frente a bula do medicamento prescrição médica aprazada pelo o enfermeiro com horário, diluição, tempo de infusão e via.
• Ao preparar a medicação, identificar corretamente a mesma com descrição da medicação contendo dose, horário, via, nome e leito do paciente.
• Não tocar as mãos em pastilhas, drágeas, cápsulas, comprimidas.
• Antes de administrar o medicamento, deve-se esclarecer ao paciente qualquer duvida existente.
• Lembrar a regra dos cinco certos, e conseqüentemente dos três novos cuidados somente após administrar a medicação é que se deve dar baixa, e nunca antes, fazer sempre a anotação no relatório sempre que o medicamento não for administrado indicando qual o motivo.
O enfermeiro deve ter conhecimento do seu papel com relação à assistência de enfermagem e principalmente na segurança do paciente, pois é de sua responsabilidade os atos de erros cometidos pela sua equipe, desde assistência mal prestada até o erro com a administração de medicamentos. Por essa e outras razões, é de completa competência do enfermeiro executar, planejar e coordenar seu ambiente de trabalho, realizando e implementando ações que miniminize os erros. Para que a enfermagem consiga controlar o processo de medicação sob sua responsabilidade, garantindo a segurança do paciente, fazem-se necessários programas de educação continuada e incorporado a tecnologias, nova condutas e avanços no sistema de informação na pratica assistencial. Algumas estratégias são capazes de reduzir os erros de medicação relacionados a pratica da enfermagem, tais como implementação de prescrições informatizadas, dose unitária, uso de códigos de barras e bombas de infusão inteligentes, identificação do paciente contendo nome e registro do prontuário, prescrição médica com aprazamento, contendo horário, via, dose escrita de forma clara, quando por via endovenosa, tempo de infusão e cuidados concernentes a administração e monitorização, conforme a diluição, tempo de infusão, no ato da preparação deve-se estar com a prescrição, à realização da leitura da prescrição juntamente com o profissional, que irá exultá-la dupla checagem durante o manuseio e administração do mesmo (13)

CONCLUSÃO

Como a base da enfermagem é o cuidado, considera-se relevante que seja prestado de forma humanizada com uma visão ampla do processo do cuidado, pois o erro de medicação é uma questão multidisciplinar e as circunstâncias que o envolvem são multifatoriais se limitando apenas a uma categoria profissional.
É importante a reflexão da enfermagem sobre o papel que ele desempenha no local de trabalho, avaliar seus princípios, crenças e educação, além de considerar também os princípios culturais do paciente e da família.
É de grande importância a participação do enfermeiro em todo momento da assistência prestada ao paciente, com a visão de que a administração de medicamentos é um dos fatores mais propícios a ocorrência de erros causando prejuízos aos pacientes que vão desde o não-recebimento do medicamento necessário até lesões e morte. A prática de medicação em uma organização hospitalar pode ser definida como um sistema complexo, com vários processos interligados, interdependentes e constituído por profissionais de diferentes áreas do conhecimento (médicos, equipe da farmácia e de enfermagem) que compartilham de um objetivo comum à prestação da assistência á saúde dos pacientes com qualidade, eficácia e segurança.
O enfermeiro deve assumir que, nas atividades não existem tarefas menos importante, mas menos complexas, e que dentro de uma equipe de trabalho os resultados devem ser seguidos colocando os esforços da equipe a frente de metas individuais.